Disney traz princesa empoderada em 'A Bela e a Fera'

No clássico, é a autoconfiança e a inteligência da personagem que a move, diferente de outras histórias da Disney, em que as princesas sonham com seus príncipes

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Por Redação
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Emma Watson, que interpreta a Bela e a Fera no novo live-action da Disney, disse ter se sentido inspirada pela personagem. Foto: Cena do filme A Bela e a Fera (2017)/Reprodução

Desde que recebeu o convite para viver a Bela em A Bela e a Fera, Emma Watson diz ter sentido que aquele era o papel para ela - que já havia recusado interpretar Cinderela. Em entrevista à Total Film, ela disse que se sentiu inspirada pela forma como a personagem desafia a situação atual sem perder sua integridade. De fato parece haver uma sintonia, já que quando não está atuando, Emma tem ocupado um espaço cada vez maior na discussão sobre a liberdade e igualdade entre os sexos. Ela promove a campanha #HeForShe e é embaixadora da Boa Vontade da ONU. 

Enquanto isso, na comparação com outros clássicos da Disney, a versão animada de A Bela e a Fera já tinha uma conotação mais feminista e empoderada. Na história, a beleza da 'mocinha' não parece ameaçar nenhuma outra mulher, como acontece em A Branca de Neve. Bela tampouco precisa de outro corpo para conquistar alguém, como sugere A Pequena Sereia, e não precisa de uma fada madrinha para tornar-se a Cinderla e encontrar o príncipe e se casar. Em A Bela e a Fera, a peça-chave da relação entre os personagens é autoconfiança e sabedoria da não tão mocinha. 

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Um pouco mais ela própria. Mesmo na primeirsa versão de A Bela e a Fera, lançada em 1991 no Brasil, a protagonista tem mais interesse em ler e aprender do que em se casar. Na versão live-action, lançada na última quinta-feira, 16 de março, o empoderamento apresentado foi ampliado. Além de Bela ler, ela quer passar o gosto pela literatura a diante. Sim, ela lava a roupa, e faz isso por meio de um tipo de máquina de lavar roupa, desenvolvido por ela própria. A Bela e a Fera têm discussões contextualizadas retrato da diversidade é outro ponto da versão 2017: há um personagem gay e dois casais interraciais.

Quanto à polêmica sobre se há ou não Síndrome de Estocolmo em A Bela e a Fera, a própria Emma Watson já negou qualquer possibilidade em uma entrevista à Entertainment Weekly. A síndrome é o nome dado às situações em que uma pessoa desenvolve simpatia por seu opessor depois de ser submetida a intimiadações por muito tempo. "Bela é ativa e está constantemente argumentando e discordando da Besta. Ela não tem nenhuma característica de alguém que sofre da Síndrome de Estolcomo porque ela mantém sua independência e liberdade de pensamento". 

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