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Vote em seu loft e estúdio preferidos da Casacor

Uma lembrança, uma história, uma música: são muitas as citações tomadas como ponto de partida na concepção dos ambientes da mostra de decoração paulistana. Escolha os seus favoritos

Por Luciana Carvalho
Atualização:
A poesia se faz presente no ambiente de Marcelo Salum por meio de colchas bordadas e paredes pintadas em tons bucólicos. Foto: Zeca Wittner

Toda criação parte de uma inspiração, seja de uma lembrança, de uma história ou de uma música, e a decoração não foge à regra. Na Casacor 2018, por exemplo, são muitas as frases usadas como ponto de partida na concepção de ambientes.

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Alguma coisa acontece no meu coração é o nome do espaço de Marcelo Salum que apresenta toalhas e colchas bordadas com trechos de músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso. “Fizemos uma boa mescla. Temos desde bordados feitos manualmente no Sul até uma cadeira dos Irmãos Campana, a Cangaço, que remete à imigração do Nordeste para São Paulo”, comenta o arquiteto.

Já o loft Eu, Tu e Elas, assinado por Michel Safatle, recebe seu visitante em um hall pontuado por fotos de mulheres que marcaram sua vida. Isso antes de propor sua imersão total em um ambiente repleto de personalidade e contrastes carregados, muito distante de outros que apostaram nos tons claros.

“Além da questão técnica do projeto, a Casacor pede um embasamento conceitual, que é o que diferencia cada espaço”, diz Nildo José, que idealizou seu Loft Ninho com base na frase: “Cada vez que me refaço, sou mais inteiro aos pedaços”, o que, em termos práticos, acabou por se traduzir em um espaço revestido do piso ao teto de carvalho europeu, equipado com uma cozinha com mesa de forma orgânica e resina branca, garantindo a integração entre a sala e o bar.

“Todo o projeto foi pensado em cima do conceito de amor”, diz a arquiteta Patrícia Hagobian definindo o seu loft LG#amour, que coloca em destaque itens desenhados pela arquiteta a partir de formas arredondadas que lembram um coração. “A ideia era abordar o amor na sociedade, de um com o outro, pensando no próximo e no planeta”, comenta ela.

‘Be Anything’ (seja o que quiser, em livre tradução) é o recado que o arquiteto Ricardo Abreu Borges estampa em neon na parede de seu Transtudio, pensado como o refúgio de uma mulher transexual, com paredes cor-de-rosa, biombo espelhado e cama posicionada sobre a base revestida de pele de cobra.

‘A casa envelhece com você’ é a frase que trouxe à mostra, uma visão positiva de um ambiente pensado para idosos, da arquiteta Flavia Ranieri no estúdio da Longevidade, que vai muito além das barras de apoio no chuveiro e móveis com cantos arredondados.“Trata-se de uma casa pensada com base em valores como segurança, aconchego, privacidade e memória afetiva.” Atenta a esse público, a Deca apresenta no ambiente um chuveiro que permite programar a temperatura mais quente que a água pode atingir, já que por causa da perda de sensibilidade da pele, acidentes com queimadura são muito frequentes nesta faixa etária. 

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“As pessoas precisam respeitar a história do idoso quando montam sua casa. É claro que não dá para levar todos os itens de uma vida, mas dá para transformar aquele banquinho em uma mesa de apoio ou enquadrar aquele objeto e exibi-lo na parede”, conclui Flavia.

O banheiro exposto do Transtudio, que foge totalmente do padrão. Foto: Zeca Wittner

 

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