Visite a Casacor Rio 2019

Mostra carioca de decoração aponta para um decorar mais leve e informal

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Por Marcelo Lima
Atualização:
Abundância de plantas e cromatismo bem estudado na cozinha projetada por Jean de Just Foto: André Nazareth

No sofá da sala, por entre drinques e almofadas. Ao redor da mesa, em prolongados almoços até o cair da tarde. Compartilhando a intimidade do quarto, em papos ao pé da cama. A casa, vista como espaço para receber, é o tema da Casacor Rio 2019. Mostra que, até o dia 29 deste mês, ocupa o edifício Touring, hoje vizinho aos museus do Mar e do Amanhã, na Praça Mauá, região central do Rio de Janeiro.

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Uma obra arquitetônica de estilo eclético, com clara predominância de elementos art-déco, projetada pelo francês Joseph Gire, em 1920. Durante décadas, uma espécie de porta de entrada para quem chegasse de navio à cidade, e que, após a realização da Casacor, deve se transformar em um mercado gastronômico. 

“Partindo da vocação original do prédio, nossa primeira ideia foi desenvolver diversas salas para enfatizar a hospitalidade do carioca e, ao mesmo tempo, apresentar propostas de lofts e estúdios que reproduzissem formas contemporâneas de morar. Viajando no tempo, falamos de presente, passado e futuro, antevendo como seria morar na região portuária do Rio de Janeiro, em unidades residenciais de 70 a 90 m²”, explica a empresária Patricia Quentel, sócia-diretora da mostra no Rio de Janeiro. 

Confira alguns dos ambientes da mostra:

Planeta Casa, como propõe o tema nacional da Casacor. Universo particular, como traduz a Casacor Rio; a casa, em sua versão carioca, se apresenta como um espaço de descompressão, mais do que de representação. Como um local para se desconectar do mundo real, livre de ambientes congestionados e repletos de objetos e referências. De preferência, apenas aqueles de valor real ou, ao menos, simbólico. 

Minimalistas em sua essência, salas, quartos e cozinhas valorizam as áreas de circulação, em detrimento ao acúmulo de peças. Nelas, móveis tendem a ocupar o centro dos ambientes, deixando o movimento acontecer em seu entorno. De maneira geral, os materiais se apresentam naturais, ou o mais próximo possível disso, tanto para estimular o toque, quanto para sugerir proximidade e acolhimento. 

O resultado surge, assim, na forma de espaços de leitura imediata, nos quais as motivações de cada profissional ganham forma e consistência. “Criamos uma ambientação quase transparente”, conta Marcia Müller, que ao lado da filha Manu, assinou a Sala da Colecionadora, um misto de galeria e área de contemplação, construída com base em móveis e tecidos brancos ou, no máximo, em leves tons de cinza. 

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Em tempo, a natureza – ou a necessidade de sua urgente preservação – se faz presente em praticamente todos os ambientes. Seja na forma de um simples vaso, de pequenas “urban jungles” ou de imagens estampadas em pisos, paredes e até tetos. 

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