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Verde interior

A pedido de moradores que adoram plantas, apartamento próximo à Paulista ganhou canteiro interno

Por Marcelo Lima
Atualização:
A sala de estar do apartamento Foto: Maíra Acayaba

Localizado próximo à Avenida Paulista, no quesito serviços, este apartamento, de 180 m², não deixava nada a desejar. Dotado de amplas janelas em duas de suas fachadas, ele oferecia ainda excelentes condições de insolação e ventilação. Para se configurar, enfim, como o apartamento dos sonhos de seus proprietários, só faltava mesmo um detalhe: contar com algum tipo de área verde associada a seus interiores, já que ele não dispunha de nenhuma área externa. 

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“A solução foi desenvolver um canteiro interno, logo abaixo da janela, que percorresse toda a área social da casa”, conta o arquiteto André Brito, do escritório Treszerosete, que assina o projeto juntamente com seus sócios Caio Ferraz e Kamal Yazbek. Mas as intervenções da equipe não pararam por aí. Além do vaso contínuo, o espaço de estar da casa recebeu um banco, com quase 15 metros, que segue o mesmo percurso, aproximando o casal de moradores das plantas que eles tanto amam ter por perto. 

Moldado in-loco, mais do que uma peça do mobiliário, o móvel de concreto acabou por se transformar no elemento estrurador de toda a decoração. Ao longo de seu comprimento, além de integrar os setores da área social – o estar, o home office e o home theater – ele serve como prateleira, mesa de apoio, rack e assento. O que, diga-se de passagem, é particularmente bem-vindo, uma vez que o casal adora receber.

Confira as fotos do apartamento: 

“Também por isso, eles pediram que a cozinha pudesse, eventualmente, ficar integrada à sala de jantar, para que pudessem cozinhar conversando com seus convidados”, adianta Ferraz. “Implantamos um painel de madeira ripada entre os dois ambientes. Uma vez fechado, ele parece apenas uma parede, mas, uma vez aberto, ele oferece diferentes níveis de integração, de acordo com cada necessidade”, explica. 

Para atingir a configuração final desejada pelos proprietários, um antigo dormitório de serviço também teve de ser incorporado ao projeto, passando a ser utilizado como copa conectada a cozinha. Assim como um dos quartos da planta original que foi aberto para a área social, sendo hoje ocupado pelo home theater.

Elaborada especificamente para o projeto, toda a marcenaria, incluindo a estante que ocupa a totalidade de uma das paredes da sala, recebeu acabamento branco fosco. Uma condição que amplia substancialmente as condições de luminosidade em todo o apartamento, colocando em destaque as peças de mobiliário, além de alguns detalhes pontuais em preto. 

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“O piso de taco de madeira ipê existente foi completamente restaurado e adaptado à nova distribuição. Já para as áreas molhadas, optamos por dois tipos de revestimentos cerâmicos, de perfil industrial: dois porcelanatos cinza para o piso e paredes, além de um ladrilho esmaltado na cozinha e lavabo”, conta Ferraz.

Apreciadores de arte, arquitetura e design, os proprietários do apartamento já dispunham de boa parte das obras e objetos utilizados na decoração. Entre eles, móveis assinados por grandes nomes, como a poltrona Mole, do designer Sérgio Rodrigues. As peças mais funcionais, tais como a mesa de jantar, a de centro e a do escritório, além do rack e dos sofás, foram desenvolvidos em conjunto pela equipe treszerosete. “Isso nem sempre é possível, mas, quando acontece, aprimora sensivelmente o resultado final do projeto” conclui o arquiteto. 

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