Um toque de cor

Muitas vezes é tudo o que é preciso para realçar um canto inesperado da casa

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Por Marcelo Lima
Atualização:
Fundo vermelho realça estante em projeto de Joia Bergamo Foto: divulgação

Um nicho na sala no qual um pequeno bar, ladeado pelos objetos de estimação dos moradores, ganha luminosidade extra. Banheiros e lavabos de dimensões reduzidas, que subitamente se revestem de uma nova atmosfera. Corredores e áreas de passagem, em geral indiferenciados e estreitos, que de um momento para o outro passam a desfrutar de inusitada expressividade.

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Trunfo guardado na manga dos designers de interiores, mas, na prática, ao alcance de todos, responde pelo nome de cor, o toque de Midas capaz de dar destaque até ao mais inexpressivo dos cantos da casa. Desde, é claro, que algumas regras sejam conhecidas. E, alguns limites, respeitados. Principalmente para não correr o risco de produzir cansaço visual.

“Nesse apartamento, a cor efetivamente ajuda a personalizar os espaços. Mas não somente. Por meio delas, alguns ambientes ganharam vida e vibração”, explica a arquiteta Ana Cristina Tavares, que, com a sócia, Claudia Krakowiak, acaba de concluir um apartamento no interior de São Paulo onde tonalidades de impacto surgem em contraponto a cores de base bastante neutras, tanto nas áreas internas quanto nas externas. 

Como acontece, por exemplo, na varanda do imóvel, dominada pela madeira, presente nos móveis e equipamentos, mas suavizada por estofados, almofadas e revestimentos em tons de verde e azul. “São cores mais relax, que quebram a sisudez do marrom”, pontua Claudia.

Um cromatismo exercitado também no desenho do living, onde o amarelo-gema empregado como fundo na estante central enche de luminosidade o bar e os objetos de estimação do casal de moradores. Sem falar em um dos banheiros, que cintila no mais puro pink.

Uma combinação de efeito, mas que requer uma boa dose de estudo. “Antes de definir por uma cor, é preciso ter claro o efeito que se pretende obter e, na medida do possível, sempre usar um único tom, evitando misturas mais ousadas”, adverte Claudia. “A cor na decoração deve ser vista como um elemento de valorização. Nunca deve ser usada de forma banal.”

Seja qual for a tonalidade escolhida, as arquitetas recomendam que, antes, seja feito um teste da cor na área a ser recoberta. “Só assim é possível conhecer o efeito final, uma vez que ele vai depender das características da superfície e da luminosidade do local”, comenta Ana.

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