Traço afetivo

Avessa a definições de estilo, Natasha Schlobach traduz para suas peças de mobiliário o que já viu, ouviu e viveu

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Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Designer Natasha Schlobach e o criado-mudo da linha Bloco, feito de madeira e estrutura metálica Foto: Thomaz Baccardi/Divulgação

À frente de seu estúdio de design há 3 anos, Natasha Schlobach faz questão de dizer que seu trabalho é fruto das referências que acumula durante a vida em viagens, conversas com os amigos, e qualquer outra coisa que apareça em seu dia a dia. Não gosta de definir seu estilo, apesar de flertar com o geométrico e o minimalismo. “Definir é limitar. O trabalho que eu faço é fruto do que eu já vivi, e a vida acontece o tempo todo, posso amanhã fazer algo que seja diferente do que eu faço hoje”, explica. Formada em Desenho Industrial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Natasha já passou por escritórios de arquitetura e também fez parte do setor de criação da marca Ovo. “Hoje, tocando meu estúdio, consigo notar que o contato com o cliente é bastante rico, faz com que minhas peças sejam funcionais dentro da casa. Quero que meus móveis durem muito, sejam parte da vida daquela família que o comprou, e durem por gerações.” Em suas criações mais recentes, Natasha apresentou a mesa Sertão, fruto de uma conversa que teve com a designer Clarisse Romeiro, assim que ela voltou do Ceará. “Foi algo que eu quis fazer depois que ela me contou que lá, tudo na casa acontece ao redor da mesa”, explica. Para o bar Amarra, Natasha misturou referências de móveis antigos com uma linguagem que considera contemporânea. “Antigamente era mais comum ter um móvel com essa função em casa. Mas os que existem hoje no mercado não têm um design pensado”, explica.  O próximo passo de Natasha é retomar seu trabalho com design de joias, o que deve influenciar diretamente seu mobiliário. “Vou descobrir novos materiais. Sendo como sou, isso vai parar nos meus móveis, tenho certeza.”

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