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Tons sóbrios sem exageros e marcenaria planejada na medida

Exigências do cliente fizeram com que arquitetos criassem projeto com muita madeira e móveis customizados

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
O mobiliário planejado se espalha por todos os ambientes em prateleiras, aparador, mesa e armários Foto: Zeca Wittner/Estadão

Menos paredes e mais móveis multifuncionais e planejados. A estratégia que mudou por completo este apartamento de 70 m² no Brookling tratou de repensar não só os espaços. “Além de reformatar a planta que já existia, investimos em desenhar peças que mudaram por completo a maneira de habitar cada ambiente do apartamento”, diz José Guilherme Carceles, arquiteto do Casa 100, escritório que assina a reforma. Exemplo disso está na bancada de concreto que percorre todo o apartamento. Na sala de estar, a peça que é fixa na parede apoia a mesa para refeições. Na cozinha, a bancada com todos os aparelhos domésticos, e na sala, o aparelho de TV. “Isso gera uma economia de espaço enorme, o que abre mais área de circulação e cria um ambiente muito mais agradável para o morador”, explica o arquiteto. O mobiliário planejado se espalha por todos os ambientes em prateleiras, aparador, mesa e armários.  A nova planta, que hoje tem cozinha aberta e quarto fechado, o contrário do que acontecia antes, faz com que o apartamento pareça até maior do que de fato é. Mesmo tendo em sua decoração tons escuros, como o da madeira pau-ferro que está em toda a marcenaria desenhada pelo escritório, e o piso de madeira cumaru. “O morador queria um ambiente um pouco sóbrio, mas sem ser pesado demais. A nossa escolha por usar muita madeira escura foi assegurada pela abundância de luz natural que o imóvel tem. Em outras condições eu não faria essas escolhas”, explica Carceles. A luz abundante que entra no living vem da antiga varanda, que foi incorporada ao estar no novo projeto.

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Já que os tons que predominam são escuros, até mesmo o das paredes, de cimento aparente, os arquitetos trataram de criar pontos mais claros que ascendessem o estar, como os azulejos brancos com estampa amarelo vibrante da Lurca e a bancada branca, na cozinha. Esses elementos, junto ao tapete de estampa geométrica, funcionam também para não deixar o living ficar sóbrio demais, segundo o arquiteto. “Quem gosta de uma decoração mais tradicional pode trabalhar com poucos elementos, mas é importante que eles estejam presentes para quebrar a monotonia. O resultado pode ser melhor do que o esperado”, aconselha Carceles. A área íntima, isolada do resto do apartamento por um painel de madeira, tem bastante branco no banheiro da suíte, decorada também por um painel azul de azulejos geométricos. “Rompemos um pouco com os tons mais escuros da área social para dar um balanço. No fim, temos um apartamento sóbrio como o proprietário queria, mas longe de ser sem graça.”

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