Só cadeiras

Coleção particular dá origem a museu, com peças assinadas por designers

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Por Jair Marcos Vieira
Atualização:

Colecionar, para o arquiteto carioca Richard Valansi, 57 anos, é uma atividade séria. Tanto que, desde os anos 70, já reuniu cerca de 1.300 cadeiras, assinadas por designers celebrados ao redor do mundo - de Sergio Rodrigues a Philippe Starck e Frank O. Gehry, de José Zanine Caldas a Lina Bo Bardi e Le Corbusier. Elas são a razão de ser do Museu da Cadeira, que funciona desde 2004 num casarão tombado do bairro do Botafogo. Filho do empresário francês Maurice Valansi, que chegou ao Brasil na década de 50 e montou algumas das salas de cinema mais afamadas no Rio (Paissandu e Coral, entre outras), Richard chegou a trabalhar, entre 1971 e 1975, com o também arquiteto Sergio Rodrigues. "Foi ele que levou o design de mobiliário do Brasil para fora", ressalta. Foi também ao lado dele que Richard desenvolveu o gosto por cadeiras, que passaram a ser garimpadas em brechós, leilões e acervos particulares. Hoje, quem entra no museu, não sabe para onde olhar primeiro, tamanha a beleza e o exotismo da instalação, com peças expostas das paredes ao teto. Muitas delas são originárias de empresas que não existem mais, apesar do prestígio em outras épocas, como L?Atelier, Branco e Preto e Oca. Quanto aos exemplares mais antigos em exposição, destaque para os da Thonet (cerca de 1850).

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