Réveillon à francesa

Ainda que a opção seja receber de forma tradicional, com convidados sentados, uma certa dose de simbolismo é sempre bem-vinda à mesa

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Por Marcelo Lima
Atualização:
Com foco no essencial, designer abriu mão de toalha na composição da mesa Foto: Zeca Wittner/Especial para o Estado

Para quem pretende receber no réveillon à moda francesa, a ceramista e designer Cláudia Issa, da Konsepta, apresenta uma mesa montada a partir de lugares determinados, cada um deles equipado com sousplat, pratos fundos e rasos e taças para água e vinho. Ao centro, um arranjo central.

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Ainda que tradicional, a composição investe em simbolismos e descontração. Sem deixar de lado a simplicidade. Outra das marcas registradas da designer. “Perceba que montar uma mesa mais convencional não significa uma mesa pesada ou careta”, afirma Cláudia, que emprega na composição peças da linha Lascada, da sua marca. Como base da composição, o azul. “Tenho um sobrinho autista e a cor do autismo é o azul. Então, de certa maneira, a vejo como a cor da inserção social. Por tudo isso, achei bonito trazer o azul para a mesa este ano”, diz.

“No mais, toda a inspiração partiu da natureza. Trazer coisas naturais, com uma certa atitude”, explica Cláudia, que sugere a nossos leitores que também invistam na fórmula.“Pedras, cacos cerâmicos. São materiais fáceis de encontrar e que também produzem efeito. Especialmente quando combinados a louças brancas e copos transparentes”, diz.  

“Gosto muito da ideia de trabalhar com elementos inanimados, capazes de ganhar vida à mesa”, conta Cláudia, que na montagem combinou pedras e cristais de sal a flores e plantas frescas, como copos de leite e trigo. “Os elementos podem variar, mas, sempre que possível, opte por colhê-los. Acho importante trabalhar em cima de um conceito. Assim, cada um pode acabar criando o seu próprio simbolismo”, complementa ela.

Outro ponto que a designer considera fundamental é a comunicação entre os convidados. “Nada de comprar um monte de flores e depois jogar fora. O legal é trabalhar bem uma única flor. Para ser bonito não precisa ser exagerado e, além disso, nada mais desagradável do que um arranjo enorme, bem no meio da mesa, atrapalhando a conversa”, pontua.

Por fim, segundo ela, uma certa dose de simbolismo não pode faltar. “Acho interessante que toda a família e os amigos participem da criação da mesa. Misturar coisas antigas com novas também é legal. De novo, da comida à decoração, não acho que seja a quantidade que torne uma mesa menos ou mais interessante.”

 

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