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Reforma moderniza imóvel dos anos 1940

Com ambientes ampliados, apartamento no Rio está pronto para receber objetos garimpados pelos moradores

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Imóvel antigo foi reformado para abrigar coleção de arte e objetos Foto: MCA Estúdio/Divulgação

Prateleiras para espalhar a coleção de objetos divertidos pela casa e espaço garantido nas paredes para as obras do pai, artista plástico. Neste apartamento de 170 m², no Jardim Botânico, no Rio, a prioridade dos arquitetos Fábio Bouillet e Rodrigo Jorge foi criar um lugar com espaços fluidos, pensado para estar em constante transformação a cada objeto novo que chega. “O fato de os proprietários estarem sempre em busca de coisas para casa foi o ponto de partida do projeto. Vimos que o mais importante, além de redistribuir os espaços, era ter bons móveis de apoio”, conta Bouillet. 

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A nova ordem dos ambientes veio de uma reforma que adaptou o apartamento da década de 1940 aos hábitos de hoje. “Por ser muito antigo, o imóvel não comportaria uma nova infraestrutura, como a instalação dos dutos de ar-condicionado. O uso dos espaços também era bem característico da época e não atendia aos hábitos de um casal jovem que adora receber os amigos. Não havia nenhuma suíte e os espaços eram bastante segmentados”, explica. 

Depois da reforma, o apartamento, que contava com apenas um banheiro, ganhou uma suíte, um lavabo, construído em parte da área da cozinha, e outro banheiro, no corredor. O piso original do living, de tacos de madeira, foi restaurado, assim como a janela da varanda. A cozinha, antes escura, ganhou piso de porcelanato claro e mais luz, com a chegada dos cobogós instalados na parede que divide o espaço da área de serviço. Na nova disposição, sobrou espaço até para uma pequena despensa. 

A iluminação ganhou atenção especial. “Como a intenção é valorizar os objetos, dispostos em todos os cantos, projetamos a iluminação dimerizada, valorizando também as obras de arte nas paredes. E instalamos arandelas, que rebatem a luz no teto”, explica Bouillet. 

Como a proprietária trabalha em casa, um bom espaço com marcenaria foi separado para servir de escritório, integrado ao resto do estar. “É como se a área social da casa fosse uma coisa só, as divisões são levemente marcadas pela disposição do mobiliário. A sala de jantar, por sua vez, conta com uma grande porta de correr”, comenta o arquiteto.

Depois de remodelar espaços, a dupla de arquitetos tratou de criar uma decoração pronta para receber muitas cores e estar sempre em transformação. “Procuramos deixar as paredes e os tecidos para os móveis lisos, para que eles pudessem estar livres para brincar com objetos e almofadas, criações da própria proprietária.” 

Na varanda, um dos espaços mais charmosos do projeto, uma poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, convida os moradores a tirar um tempinho para ler ou apenas para apreciar a vista do lugar – dali se avista a imagem do Cristo Redentor.

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