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Prazer em dois tempos

Formada em Economia, atividade que exerceu nos anos 80, Carmen Maradei só quer agora saber de outra paixão: a culinária. Que ela exerce todo dia no comando das lojas Artmix e na nova cozinha do apê, nos Jardins

Por Marisa Vieira da Costa
Atualização:

Carmen Maradei lida com panelas e utensílios domésticos todos os dias. Seja preparando as refeições da família na ampla cozinha do seu apartamento, nos Jardins, seja no comando das lojas Art Mix, especializadas em utensílios para forno e fogão. Sua trajetória profissional é, no mínimo, curiosa. Formada em Economia pela USP nos anos 80, Carmen trabalhou na Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), depois no Banco Itaú e também no Metrô de São Paulo. Para fugir do estresse dos números e atas, fazia curso de cerâmica com a moçambicana Paula Almeida, de quem se tornaria amiga. O gosto por esse tipo de atividade foi ganhando proporções até que, em 1987, Carmen abandonou de vez a carreira em economia e montou um ateliê com Paula, na Vila Olímpia. "Fazíamos panelas, canecas e utilitários de cerâmica, que vendíamos para o Brasil inteiro", conta. "Ficamos cinco anos com a loja." A empresária então decidiu ir mais longe. "Como gosto de interagir com o público, abri a Art Mix, onde vendia produtos artesanais para casa e ateliês." Em 1997, porém, o marido de Carmen foi transferido para Nova York a trabalho e a vida mudou. "Ficava encantada com o que via nas lojas especializadas em itens para a casa, como a Williams-Sonoma e a Pottery Barn. Foi um aprendizado", lembra. Com dois filhos e sem empregada, ela cuidava sozinha do serviço da casa - mas, ao contrário do Brasil, tudo podia ser feito de modo prático. "Tinha tempo de fazer cursos de culinária e preparar jantares para os amigos", lembra. De volta ao Brasil, em 2000, reabriu a Art Mix, dessa vez com artigos para mesa e bar, além de panelas e utensílios. Naquele mesmo ano, a família foi morar no apartamento de 400 m² nos Jardins, aliando motivos afetivos e profissionais. "Nasci no bairro e daqui não saio", diz ela. "Além disso, fico perto da loja da Lorena." Dinâmica da família Embora o imóvel fosse novo, a cozinha não lhe agradava. "Tinha um ar antigo, com piso e bancada de granito cinza, bem feios..." Como queria integrar cozinha e sala de almoço, Carmen chamou o arquiteto Paulo Fecarotta, amigo pessoal. Ele seguiu a dinâmica da família, que costuma se reunir na hora do café da manhã. "Unimos a cozinha à sala de almoço e à despensa, criando um espaço amplo e com boa circulação." A generosa bancada de granito preto em forma de U permite manter eletrodomésticos, panelas e utensílios à mão, além de abrigar duas cubas (da Mekal, modelos a partir de R$ 481) - uma para louças e outra, para alimentos. E, como Carmen adora cozinhar, Paulo optou por um cooktop na ilha central. O arquiteto desenhou o mobiliário, executado em freijó e laminado branco pela Marcenaria Miranda (preço sob consulta). "Fiz o projeto dos armários pensando em como a Carmen gosta de organizar e guardar louças, panelas, talheres, bandejas etc." No piso, pastilhas de vidro preto (3 cm x 3 cm) e parquê de perobinha-do-campo e, nas paredes, pintura acrílica. Xodós "Quando a obra terminou, trouxe tudo o que mais gosto das minhas lojas", diz Carmen. Um dos seus xodós é o aparelho de jantar Fresh Fruit (com 30 peças, custa R$ 910, na Art Mix). Já as miniaturas de cerâmica Le Creuset (caçarolas em forma de morango, amora e framboesa, R$ 67 cada uma) dão um toque divertido à cozinha, junto dos pingüins (a partir de R$ 13). Também da Le Creuset, potes para condimentos (R$ 54, o pequeno; R$ 75, o médio e R$ 93, o grande). E, em meio aos apetrechos, uma homenagem: as garrafas de Paula Almeida.

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