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Por uma nova tecnologia

Alternativa ao fim das incandescentes, lâmpadas LED compensam custo alto com maiores eficiência e vida útil

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Modelo de lâmpada Bulbo Filamento (R$ 61), da Brilia Foto: Divulgação

Para optar por essa tecnologia, no entanto, é preciso investir.Em lojas especializadas, como a Lustres Yamamura, uma lâmpada incandescente custa, em média, R$ 3,60, enquanto uma LED equivalente chega a custar R$ 46,90.Mas especialistas afirmam que a troca vale a pena."O fator principal é a redução no consumo de energia, já que o LED tem alta eficiência.Além disso, fluorescentes compactas têm uma vida útil média de 6 mil horas, enquanto a do LED pode chegar a mais de 50 mil horas. É uma economia não só na conta de luz", diz Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux.

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Segundo ele, em uma residência com mais ou menos 10 lâmpadas, trocar os 60W das incandescentes por LEDs de 10W - que deixa o ambiente iluminado com a mesma intensidade que aquela que substituiu - pode gerar uma economia anual de R$ 200."A tendência do mercado é que a eficiência desses produtos aumente e os preços caiam, deixando o LED mais acessível e com retorno do investimento em prazos mais curtos", explica Roisenblatt.

Antes de trocar todas as lâmpadas de casa é preciso tomar alguns cuidados, como recomenda Felipe Borim, gerente nacional de vendas da fabricante Brilia."Ainda não existe uma regulamentação para a venda de lâmpadas LED, o que quer dizer que o fabricante não é obrigado a colocar as devidas especificações na embalagem, para que o consumidor saiba exatamente qual tipo de luz vai obter com cada produto.A previsão é que a regulamentação aconteça até dezembro deste ano, até lá é preciso ter atenção redobrada na hora de comprar", alerta.Ele aconselha que as novas lâmpadas sejam compradas aos poucos. "É preciso testar o produto, ver qual tipo de luz ele vai proporcionar, se está adequado ao que você precisa.E lembrar que não existe milagre, a produção desse produto é cara e isso influencia no preço final, por isso, desconfie de preços muito baixo. "

A proprietária da La Lampe, loja especializada em projetos luminotécnicos, Alessandra Friedmann, também acredita que a mudança deve ser feita aos poucos."Existe uma variação enorme de cores de luz, umas mais amareladas, outras mais brancas.Comprar tudo de uma vez envolve um risco grande de deixar a casa com uma iluminação dura e desconfortável", comenta.Para a empresária, o segredo está em experimentar, mas não desistir da ideia."Em alguns casos é um excelente investimento.Em uma sala com pé-direito altíssimo, é preciso contratar mão de obra especializada para trocar uma lâmpada que queimou, se você tem um LED, vai precisar fazer isso pouquíssimas vezes.Também é uma ótima ideia usar fitas de LED para iluminar nichos em estantes, degraus de escada ou até um detalhe da arquitetura da casa." 

Prós e contras do LED

ECONOMIA No fim do mês, a economia de energia com iluminação pode ultrapassar os 80%, segundo cálculos da Abilux 

DURABILIDADE Usa tecnologia de estado sólido, sem filamentos e vidros. Por isso, é mais resistente a impactos 

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BRILHO Não perde o brilho durante o tempo de uso. Uma fluorescente pode perder 84% de seu fluxo luminoso após 2 mil horas de uso

PEÇAS

Depende de componentes importados para a fabricação, o que faz as lâmpadas custarem mais

LUMINÁRIAS Nem sempre uma luminária que você já tem vai funcionar com LED. É preciso, em alguns casos, adaptar o aparelho ao novo sistema

TEMPERATURA

Possui dissipadores que absorvem o calor e não esquenta o ambiente nem a luminária

POTÊNCIA Logo que é aceso o LED alcança sua capacidade total de clarear o ambiente

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MÃO DE OBRA Na maioria dos casos é necessário ter um técnico especializado para fazer instalações com modelos como os de fita 

RISCO

Como as lâmpadas de uso residencial têm menor voltagem, o manuseio do produto é mais seguro

PARA CASA Por ser uma luz fria, não emite infravermelho e está livre de radiação ultravioleta; isso evita que desbote tecidos ou obras de arte

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