Há ideias que levam tempo para se concretizar. Um exemplo é o livro Casas de São Paulo (Metalivros, 240 páginas, R$ 148), a ser lançado na noite de terça-feira, no Museu da Casa Brasileira. "Foi um trabalho feito a seis mãos", conta o editor Ricardo Graça Couto, que concebeu o projeto com os autores: a jornalista Maria Ignez Barbosa, colunista do Casa&, e o fotógrafo Tuca Reinés, especializado em arquitetura e decoração. Fazia 20 anos que Couto tinha em mente reunir projetos registrados de maneira bem autoral pelo fotógrafo. Há uns dois, conheceu Maria Ignez, convidada a fazer a curadoria e a escrever, com sua verve peculiar, a respeito das residências e de seus proprietários. Os textos não se restringem à descrição, mas abordam também aspectos comportamentais. Depois de cerca de um ano para ficar pronto, o resultado final é um recorte interessante de como personagens mais ou menos midiáticos vivem em 46 boas propriedades na cidade, na praia e no campo. O prefácio é assinado pela jornalista e designer Clarissa Schneider. FAMOSOS E ANÔNIMOSRetratadas em 246 imagens, estão ali casas de gente formadora de opinião e conhecida, como a jornalista Gloria Kalil e o restaurateur Charlô Whately; arquitetos e decoradores, caso de Sig Bergamin e William Maluf; até de pessoas que preferiram se manter no anonimato, ainda que tenham sido entrevistadas por Maria Ignez. "O artista plástico cuja casa virou capa do livro é um deles", conta ela, para quem a obra tem o mérito de mostrar a criatividade e a liberdade com que se pode morar no mais importante Estado do País. "É um nível que se iguala ao de Nova York."
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