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Como começar na carreira de designer e criar por conta própria

Luiz Pessatte Azzolino, ganhador do Prêmio Tok & Stok de Design Universitário fala sobre seu processo de criação

Por Marcelo Lima
Atualização:
Os bancos Rice e Bean, apresentados no Salão Satélite deste ano Foto: BELAS ARTES

Natural de Limeira, interior de São Paulo, o jovem Luiz Pessatte Azzolino sempre esteve montando e desmontando coisas. Passou por engenharia, mas só se encontrou mesmo quando foi estudar Design de Produto. “Tinha muita vontade de colocar minhas ideias em prática, o que encontrei no design”, conta ele, hoje no sétimo semestre do curso no Centro Universitário Belas Artes e eleito primeiro colocado no Prêmio Tok&Stok de Design Universitário 2016. “Participo desde que entrei na faculdade. Desta vez cheguei lá”, comemora Azzolino, que comentou sua trajetória nesta entrevista ao Casa.

Até o momento você tem produzido suas peças por conta própria. Quais são e como desenvolveu suas habilidades manuais? O contato que tive desde pequeno com meu avô, que sempre admirei e é um ótimo marceneiro foi essencial na minha formação. Lembro bem que sempre que íamos visitá-lo, acabávamos desenvolvendo algum objeto em sua oficina. Paralelamente, sempre questionei a natureza dos objetos, sempre me interessei pelos meios de produção, tanto industriais quanto artesanais. Tudo isso foi sintetizado quando entrei na faculdade e comecei a fazer minhas experimentações. Por conta das experiências da infância e das ferramentas que tenho acesso, a marcenaria naturalmente acabou ocupando um lugar de destaque. Por meio dela consigo expressar o que pretendo com facilidade, embora trabalhe também com outros processos e materiais. 

O graduando de Design de Produto e já premiado, Luiz Pessate Azzolino Foto: BELAS ARTES
A cadeira Deck Up, premiada pela Tok & Stok Foto: BELAS ARTES

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Existe sempre uma ideia de movimento associada a seus projetos. As peças nunca são estáticas, mas sujeitas à interferência de quem as usa. Como isso acontece? Bom, eu acho que sou uma pessoa muito observadora e dinâmica, e isso acaba se refletindo. Gosto sempre de estar e colocar meu trabalho em movimento. Essa característica que você percebe, imagino que seja a forma que encontrei de propor algo inovador e que, no meu caso, acaba sempre tendendo ao dinamismo e a peças que despertem a curiosidade. 

Há tempos você participa de concursos. Como eles foram importantes na sua formação?  Desde que eu entrei na faculdade eu participo do concurso da Tok Stok. No Salão Satélite de Milão, para o qual fui selecionado na faculdade, foram duas participações. Só de você preencher os requerimentos, fazer o detalhamento técnico, apresentar suas ideias já é um aprendizado. O meio do design no Brasil é muito concorrido e esses concursos são bons indicadores do momento do mercado, além de boas referências em seu currículo. Recomendo vivamente.

Poltrona e luminária desmontáveis da série Orange de 2016 Foto: BELAS ARTES
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