Jovem talento

Recém-formado em design, Lucas Lima ensaia seus primeiros passos junto a importantes parceiros do setor

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Por Marcelo Lima
Atualização:
O designer Lucas Lima Foto: Jorge Akymoto

Com menos de dois anos de formado, o jovem designer Lucas Lima, ex-aluno do Centro Universitário Belas Artes, já traz no currículo três participações na Semana de Design de Milão, duas no concorrido Salão Satélite e, este ano, em uma mostra no circuito fuorisaloni. Na semana passada, em sua estreia na DW! paulistana, ele lançou uma luminária e um banco. “Para mim, a possibilidade de encontrar parceiros é a coisa mais importante de uma semana de design”, como afirmou, nesta entrevista ao Casa.

O banco Cursos, de aço inóxidavel, criado em parceria com o arquiteto Renato Mendonça para a Docol Foto: Juan Guerra

O que suas passagens por Milão agregaram à sua vida profissional? Na minha primeira exposição, além de estar na capital mundial do design, era a primeira vez que estava fora do Brasil, de maneira que eu procurava prestar atenção e absorver tudo o que eu via. Porém, o mais interessante de tudo foi poder compartilhar ideias, conceitos, maneiras de se pensar o design. Encontrei pessoas que nunca tinham visto ou deitado em uma rede. Nas vezes seguintes, eu já estava mais preparado para entender os muitos contatos que se estabelecem por lá, o que, inclusive, abriu portas para mim aqui no Brasil.

A rede Águida, trabalho de estreia do designer Lucas Lima no Salão Satélite de Milão Foto: Lucas Lima

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Para um jovem designer como você, qual a importância de participar da DW!? Antes de tudo, visibilidade. Você conhece pessoas, tem a oportunidade real de mostrar seu trabalho para um público muito maior. Além disso, a troca de experiências com profissionais que propagam as mais diferentes visões de mundo é algo que realmente não tem preço.

Que tipo de material ou técnica vem despertando seu interesse nos últimos tempos? Desde o começo, tenho uma admiração muito grande por materiais originalmente brasileiros, como tramas, fibras, palhas, capim, cerâmicas. Quero muito integrar nosso artesanato e cultura a meus projetos, de forma a agregar maior valor a eles e, assim, colaborar com pessoas e comunidades que propagam essas técnicas e matérias-primas. Pensar o design com um propósito maior, como uma ferramenta capaz de produzir uma real mudança na vida das pessoas. É isso que procuro com meu trabalho.

O pendente Cabaças, com cúpulas de vidro e palha, para Itens Collections Foto: Edilson Garcia
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