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Jovem designer brasileiro recebe menção honrosa em premiação alemã

Com apenas dez anos de carreira, o paranaense Paulo Kobylka acumula prêmios no Brasil e no exterior. O último deles, uma menção honrosa no European Product Design Award, na Alemanha. Aqui, ele comenta seu processo de criação

Por Marcelo Lima
Atualização:
O designer Paulo Kobylka e seus sofás baixos e geométricos, PK1 e PK2 Foto: RENAN KLIPPEL

Apesar da graduação em arquitetura, o design sempre esteve na mira do paranaense Paulo Kobylka. “Desde criança eu gostava de montar objetos em casa”, conta ele, que começou desenhando móveis para seus projetos de arquitetura e hoje já acumula prêmios internacionais. O mais recente deles, uma menção honrosa no European Product Design Award, pela poltrona PK6. “Tanto na arquitetura, quanto no design, a melhor maneira de aprender é falando com quem entende do assunto”, como afirma nele nesta entrevista ao Casa.

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Como se dá seu processo de criação e a partir de quais elementos?

Procuro partir sempre de uma ideia central. Penso que se a ideia for forte, a identidade do móvel também será. Via-de-regra, o processo começa com uma série de indagações que faço a mim mesmo: quem vai usar isso? Em que contexto será inserido? O que eu quero passar? Com qual material? A partir dessas respostas ensaio várias possibilidades. Vou afinando os estudos até chegar a um resultado que responda a meus questionamentos. Quanto aos elementos, procuro sempre ressaltar o hand made e, em certa medida, o industrial. Objetos feitos à mão valorizam a peça, denotam preciosismo . Já o visual industrial decorre dos materiais e da simplicidade do desenho.

Apesar de há pouco no mercado, seus móveis revelam alto padrão de confecção e acabamento. De onde vem o seu know-how na área?

Sem dúvida minha atuação como arquiteto. Quando você faz a especificação de um projeto, precisa pesquisar e estudar bastante os materiais que pretende usar. No design, para projetar uma peça metálica converso com um serralheiro. Se for de madeira, recorro a um marceneiro de primeira. Enquanto projetista, meu papel é alinhar técnica e estética. 

Você diz pretender projetar móveis que se comuniquem com seus usuários. Como isso acontece?

A “comunicação” se processa quando o objeto responde aos anseios funcionais e estéticos deles. Se o móvel atender à essas necessidades, ainda mais de forma inusitada, não óbvia, então ela fatalmente se efetiva.

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