Jardim com ares de sítio transforma cotidiano de casa no Alto de Pinheiros

Antes um local abandonado, fundo da casa recebeu folhagens, alecrim e capim

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Por Natalia Mazzoni
Atualização:
A área antes abandonada, ganhou jardim com folhagens e atmosfera agreste. O deck de madeira, agora, é rodeado de capim Foto: Zeca Wittner/Estadão

O jardim tem ares de casa de vó, de quintal, de sítio. As folhagens e os capins parecem estar ali, balançando ao vento, há anos. Um sagui pula o muro para almoçar um pedaço de banana deixado estrategicamente à sombra. Depois da refeição, descansa em um dos galhos da jabuticabeira. Sua visita diária começou recentemente, já que esse jardim, acomodado nos fundos de uma casa no Alto de Pinheiros, existe há apenas algumas semanas.  Antes, o lugar era só um monte de terra, habitado por duas galinhas dispostas a comer qualquer verdinho que ameaçasse brotar. O visual abandonado passou a incomodar a moradora, já que o espaço é a vista da sala de estar da casa, onde ela frequentemente reúne a família e os amigos. Ter uma área verde para a filha brincar também era uma necessidade e contratar um paisagista que fizesse algo esteticamente perfeito não era uma opção. A missão de transformar o lugar sem que ele parecesse um jardim planejado foi dada a Nina e Kika Levy, da Amapá Flowershop.  A dupla, de mãe e filha, é especialista em fazer arranjos orgânicos, como se cada buquê fosse feito com flores colhidas aleatoriamente no quintal, e o projeto de paisagismo é o primeiro que executam no ateliê. “A proposta já tem bastante a ver com o trabalho que fazemos, então, o desafio maior para nós foi terminar a tempo da festa que aconteceria no novo jardim quatro dias depois”, diz Nina. A primeira providência para que o plano desse certo foi tomada pela moradora: as galinhas de estimação que antes circulavam à vontade ganharam uma casinha de madeira e um espaço delimitado. O galinheiro, instalado nos fundos do jardim, abriu as portas para o clima rústico e acolhedor que viria depois. As espécies, em sua maioria folhagens, foram escolhidas pensando na pouca incidência de luz no terreno. “Flores precisam de bastante sol para florir, então optamos por folhas em quase toda parte. Para um dos canteiros mais privilegiados de luz, optamos por bromélias”, explica Nina.

Como a moradora não pretende passar muito tempo nessa casa, uma das preocupações das profissionais foi possibilitar que ela leve as plantas para onde for preciso. “Por isso, usamos bastante vaso. Para complementar, criamos canteiros de lavanda e alecrim, o que trouxe mais textura e aroma”, diz a florista. Como o espaço foi feito para ser realmente aproveitado, caminhos de pedra foram criados entre as plantas, um convite a passear pelo jardim. No deck de madeira, mesa e cadeiras antigas de ferro para um café da manhã ao ar livre.  A transformação foi tão bem sucedida que espalhou-se para outros cantos da casa. Na entrada, a boa incidência de luz do sol deu espaço a mais um novo canto verde, que dá boas-vindas a quem chega com vasos de cactos e suculentas. “Usamos até algumas plantas que sobraram do jardim em um canteiro próximo à horta, que estava precisando de um agrado. Que venham muitos saguis e dias felizes de festa.”

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