Inspiração oriental

Decoração árabe imprime luminosidade e amplitude a estúdio de 44 m² no Ibirapuera

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Por Marcelo Lima
Atualização:
A área do dormitório, com lavabo ao lado Foto: Marco Antônio

Nascido da combinação de exotismo, materiais nobres e padrões geométricos ressaltados, o estilo árabe de decorar sempre se ligou a ideia de espaços generosos, ladeados por amplos pátios e corredores. Embora não exatamente rara, sua aplicação a interiores de dimensões mais modestas é menos frequente. Mas, ainda assim, capaz de render bons resultados. 

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“Meu cliente costuma viajar muito a trabalho, mas não gosta de ficar hospedado em hotéis. Para suas temporadas em São Paulo, queria ter um canto para se sentir em casa. Ele tem um grande apreço pela cultura árabe e nos pediu que a decoração trabalhasse esta temática. Assim nasceu este projeto”, conta a arquiteta Debora Aguiar, que assina os interiores deste estúdio, de 44 m², situado no bairro paulistano do Ibirapuera.

Ponto de partida da reforma, que durou pouco mais de três meses, o terraço existente foi totalmente incorporado ao desenho do living, dotando o apartamento de condições aprimoradas de circulação e de iluminação. “Evitei criar barreiras internas à passagem da luz. Mesmo o quarto, que necessita de uma certa privacidade, fica separado dos espaços ao redor apenas por uma esquadria de vidro transparente”, explica Debora. 

Confira as fotos do projeto:

Variação sutil de tons de branco, areia e marfim, a paleta de cores selecionada pela arquiteta colaborou ativamente para a sensação de amplitude que se desfruta no local. Mas não somente. “Trabalhar com essas tonalidades rebaixadas permitiu investir com mais força nos acessórios e detalhes de matriz oriental, sem pesar demais”, afirma ela.

Objeto de grande atenção da arquiteta, o projeto de iluminação foi pensado em seus mínimos detalhes. Além de fitas de LED embutidas, espalhadas pelo teto e paredes, luminárias avulsas, algumas delas reproduzindo padrões aplicados às lamparinas árabes, foram dispostas em pontos estratégicos do estúdio, como na cabeceira da cama e no centro da mesa de jantar.

Assim, em relação à luz, são vários os cenários possíveis. É possível produzir desde uma atmosfera intimista, determinada pelos muitos pontos de luz embutidos, até um clima mais feérico, de brilho intenso, gerada em função das muitas superfícies envidraçadas e espelhadas que compõem a decoração.

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Pensadas para refletir o espírito nômade e essencialmente prático do proprietário, o mobiliário, em sua maioria feito sob medida, investe em linhas retas e acabamentos de fácil manutenção. “Optei por criar uma base neutra capaz de absorver acessórios decorativos mais rebuscados”, explica Debora, que se encarregou pessoalmente da escolha de cada item. 

Segundo ela, apesar de grande admirador da arte oriental, seu cliente não dispôs de muito tempo para fazer uma curadoria detalhada. Ainda que muitas das peças que compõem a decoração tenham vindo do seu acervo pessoal ou de suas frequentes viagens ao redor do mundo. “Ele diz que estas peças o conectam à sua casa. E disso ele não abre mão”, conclui a arquiteta.

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