A ideia de fazer luminárias surgiu há um ano e teve como inspiração o fim das lâmpadas incandescentes, proibidas de serem comercializadas desde junho do ano passado. Foi quando o empresário Fernando Waisberg, sempre curioso, vasculhando as prateleiras das lojas especializadas, concluiu que, além delas, existiam muitas outras opções ao alcance de inventores de plantão como ele.
“A tecnologia evoluiu muito nos últimos anos. Antes, a gente só tinha incandescente e ficava muito limitado a isso. Depois vieram os LEDs e, hoje, artefatos mais decorativos. A oferta realmente me surpreendeu a ponto de eu acabar me animando a fazer umas luminárias.”
Engenheiro eletrônico de formação, Waisberg percebeu de imediato que os novos modelos possibilitavam imprimir um tom tecnológico e, ao mesmo tempo, retrô às suas peças. E que, além de decorativas, elas poderiam estar mais bem adaptadas aos dias de hoje. “Pensei em incorporar ao objeto uma necessidade contemporânea: carregar o celular, o tablet”, diz.
E foi assim que ele passou a misturar passado e presente na criação de artefatos luminosos. As lâmpadas, LEDs ou com filamento de carbono, assegurando o efeito decorativo. As entradas USB, o componente atual e tecnológico. “São adaptadores de carga rápida, de dois ampères (unidade de medida para a corrente elétrica). Afinal, em qualquer casa, sempre chega uma visita que quer carregar”, destaca.
Além dos bulbos, o visual vintage de seus objetos é reforçado pela escolha dos materiais: madeira e tubos de cobre. “Eu queria fazer uma coisa quente e usar conectores. Não fabriquei nada. Não são nada mais que conexões que você compra em lojas de materiais para construção”, conta o empresário que entrou no ramo de iluminação meio por acaso, mas hoje já recebe pedidos pela internet (www.waislamp.com.br). “Você olha, tem cara de antigo, mas tem um serviço acoplado, uma facilidade. E todo mundo, uma hora, vai precisar carregar o celular”, conclui.