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Fotógrafo cria linha de móveis após não encontrar peças funcionais no mercado

Lufe Gomes desenhou mobiliário inspirado nas principais necessidades de seu apartamento

Foto do author João Abel
Por Roberta Cardoso e João Abel
Atualização:
Paredes exibem o concreto e os tijolinhos originais da construção. Foto: Zeca Wittner

A necessidade, muitas vezes, anda de mãos dadas com a criatividade. No caso do fotógrafo Lufe Gomes, foram as demandas domésticas que serviram de incentivo para que ele arregaçasse as mangas e decidisse criar seus próprios móveis. 

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“Quando você coloca algo em movimento, não tem como saber o caminho que percorrerá. Eu comecei a reformar o meu apartamento e, no meio do percurso, resolvi desenhar móveis que eu precisava e não encontrava no mercado”, explica ele. Peças como uma escrivaninha capaz de esconder fios; uma mesa de centro que muda de forma; um sofá que também é cama e banco; e uma mesa de jantar onde os convidados não esbarram os pés em nada e nem em ninguém. 

Engenheiro civil por formação, Lufe não teve dificuldade de dar forma às suas ideias. Seu apartamento de 60 m², localizado no bairro da Consolação, passou por duas reformas até ficar como ele desejava. Na primeira, foram eliminadas as paredes, o que permitiu a integração de todos os ambientes.

“O antigo proprietário tinha dificuldade de vender porque o apartamento era claustrofóbico”, diz. Hoje, a única lembrança do passado que ficou foi o mezanino, transformado em quarto do fotógrafo e youtuber. “Embaixo do meu quarto fica o escritório. Como o pé-direito tem 3,20 m, foi possível explorar e aproveitar melhor o espaço vertical”, conta. Veja fotos da sala e dos móveis criados por Lufe Gomes

E foi para esse ambiente que ele direcionou sua primeira criação, a escrivaninha Harmonia. “Minha mesa era o lugar mais bagunçado da casa. Desenhei um modelo funcional. E que tem tudo a ver com a harmonia que deve existir entre a vida pessoal e a profissional”, diz. O sofá-cama veio logo em seguida. Uma vez que a área não contava com divisórias internas, o fotógrafo quis evitar a interferência visual que o encosto do móvel poderia trazer. Por isso, o modelo batizado de Equilíbrio é baixo. Os braços foram feitos para servir de assento e suportar até 120 quilos, ampliando ainda mais sua utilidade. “Ele é todo proporcional e é essa condição que traz o equilíbrio”, diz.

Rodeado de itens decorativos trazidos das muitas viagens que fez pelo mundo, Lufe se ressentia ainda da ausência de mesas. A de jantar, feita em parceria com a Mezas ganhou o nome de Soma+. “Ela é feita com três materiais: o concreto, que representa as paredes da casa; a madeira, que faz referência ao piso; e o metal, que remete ao mezanino. Além disso, a mesa representa as diferenças entre as pessoas que a dividem, ou seja, é uma soma de pensamentos e filosofias de vida”, explica ele.

É, porém, no coração da sala de estar que pulsa a mais lúdica de suas criações. Amparada por tapetes trazidos da Índia e do Marrocos, a mesa de centro Movimento cumpre o que o seu nome sugere. “Lembrei dos japoneses, com suas mesinhas baixas, e quis criar algo que reunisse pessoas em torno dela. Para mim era muito importante ter uma sala integrada, onde eu pudesse ter movimento dentro dela. Então, optei por desenhar móveis baixos e versáteis. Sem falar que os apartamentos de hoje são muito pequenos, você precisa pensar em peças multiuso”, pontua.

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Para quem tem dificuldade de encontrar móveis tão multifuncionais quanto os de Lufe, uma boa notícia: batizada de Experiência, a coleção do fotógrafo será comercializada pela sua marca, a Life by Lufe, e chega ao mercado ainda este mês.

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