Com coleção de luminárias, fotógrafo estreia no design

Peças de Gabriel Wickbold foram apresentadas na La Lampe na última terça-feira

PUBLICIDADE

Por Felipe Saturnino
Atualização:
Fotógrafo de carreira, Gabriel Wickbold fez sua estreia no universo do design de luminárias na última terça-feira, 30 Foto: Juan Guerra

A Pipeline, uma esbelta série de luminárias com acabamento de cobre, surgiu na imaginação do fotógrafo Gabriel Wickbold há quatro anos e meio durante um de seus surtos criativos. Sem protótipos, as três peças do selo, no entanto, não tomaram forma naquele momento. Foi somente na última terça-feira, 30, que a coleção veio finalmente à luz, por ocasião da comemoração de 30 anos da La Lampe.

PUBLICIDADE

"Trabalhei sob a influência da estética industrial e sobretudo de Nova York", conta Wickbold, que, partindo de tubos de cobre, projetou uma tríade de luminárias nas quais o papel-chave fica a cargo da funcionalidade, simples e óbvia, comprovada por um teste prévio. Durante a fase em que ficaram em "stand-by", os objetos iluminaram a casa do fotógrafo, que estava em reforma. Mas foi apenas agora, após novo acerto com a La Lampe, que os três modelos — um para mesa de jantar, outro para o chão e mais um para o teto — ganharam definitivamente a cena.

“Foi muito mais uma válvula de escape para o meu lado criativo, para me exercitar em algo que não fosse a fotografia. Foi uma aventura”, sintetiza ele, em uma só palavra, a sua estreia como designer. “A menos a princípio não tenho planos de continuar”, adianta.

O modelo de teto da coleção Pipeline. Foto: Juan Guerra

Segundo Gabriel, seu objetivo foi, desde o início, criar algo a que todos pudessem ter acesso. “Meio do it yourself, considerando que as peças de cobre que selecionei não são tão difíceis assim de fundir”, diz. Apesar de até então inexperiente em design, ele já havia sido diretor de arte, coordenando trabalhos próprios e de amigos em outros campos, seja na fotografia, na música ou em outras ocupações. 

E é por essa razão, aliás, que, aos 32 anos, o fotógrafo — que trabalha em estúdio próprio e já contabiliza mais de uma década de carreira — recusa, por princípio, ser encaixado de modo exclusivo em qualquer campo de atuação. “A gente não deve se limitar e dentro para fora”, argumenta. Para ele, o grande prazer é ficar fora da caixa e poder ser livre para fazer o que quiser, de acordo com cada momento da vida. “Acho que se alimentar de vários aspectos faz bem para a criatividade”, acena ele com um pouco de esperança a quem aguarda futuros membros para a família Pipeline.

*Estagiário sob supervisão do editor de suplementos Daniel Fernandes

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.