Moço, solteiro, empresário, apreciador de vinhos e cafés e com apartamento de 51 m² novinho em folha, recém-entregue pela construtora. Em resumo, o tipo de cliente dos sonhos de qualquer arquiteto. Para completar, uma vista estonteante do 21° andar de um edifício em um dos pontos mais altos do bairro do Panamby. “Como morou tempos fora do País, o proprietário queria que o apartamento contasse com elementos que o fizessem lembrar das cidades pela qual passou”, conta o arquiteto Pietro Terlizzi, que de cara se empolgou com o projeto. “Procurei mesclar madeira de demolição, tijolo aparente e mobiliários em couro. Uma receita certeira para alguém que já morou em Nova York e Barcelona”, lembra ele. Para que o imóvel não ficasse com um visual muito pesado por conta dos acabamentos e dos spots aparentes, o profissional optou por investir em um projeto de iluminação embutida, que permitisse a criação de sancas capazes de imprimir uma luz mais intimista.
Como a cozinha já foi entregue aberta, o arquiteto deu continuidade à ideia nos demais ambientes. “A metragem da planta é pequena, por isso a integração foi essencial”, diz. Como ocorre com a varanda, que foi envidraçada e integrada à sala com a remoção da esquadria original e nivelamento do piso. Na área íntima, um dos quartos foi aberto, criando um home office, que também pode ser revertido em quarto de hóspedes. Uma solução que além de útil, conferiu um diferencial a mais à decoração. “O espaço pode ser completamente aberto ou fechado, deixando apenas um dos painéis com a função de porta”, explica Terlizzi, que se sente feliz em ter atendido ao principal desejo do proprietário: a criação de espaços exclusivos para vinho e café.