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Estúdio de 39 m² mostra como viver de um jeito simples no centro

Projetado para ser funcional, apartamento na Praça da República priorizou praticidade e conforto

Foto do author João Abel
Por João Abel
Atualização:
Apartamento ganhou iluminação pontual com lustre pendente e focos de luz nos nichos da estante Foto: Evelyn Muller

Viver em grandes metrópoles é saber desfrutar de cada metro da planta de um apartamento. Ainda mais quando o endereço é o centro de São Paulo, como no caso deste estúdio de 39 m². “Hoje há uma tentativa de revitalizar essa região e isso passa pela maneira que as pessoas projetam seus imóveis ali”, afirma a arquiteta Melina Romano.

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Responsável pelo projeto, a profissional conta que a ideia foi criar um espaço de refúgio e aconchego para uma publicitária de 31 anos, moradora única do local. “É um apartamento com ar ‘tranquilo’, mesmo em meio ao caos urbano”, ela explica. Localizado na Praça da República, o estúdio conta com varanda e vista para o Edifício Copan, assinado por Oscar Niemeyer e um dos marcos arquitetônicos mais emblemáticos de São Paulo.

Da porta para dentro, o estilo é claro: praticidade e conforto em primeiro lugar. A espinha dorsal do imóvel é a estante em tom dessaturado de azul, que se estende por todo o espaço de estar, com variadas funções: de móvel para TV à guarda-roupa. “Deixar as cores de lado em imóveis pequenos é um tabu. Basta saber escolher a tonalidade certa”, acredita Melina.

A marcenaria e a multifuncionalidade dos móveis foram pontos fundamentais para a integração do apartamento. “Por ser um estúdio, há maior liberdade na disposição dos cômodos e menor preocupação com a privacidade”, diz a arquiteta, que buscou imprimir uma linguagem aos espaços. A opção por uma atmosfera retrô fica evidente na escolha de elementos como a mesa de jantar, a geladeira e luminárias.

Na cozinha, a opção foi por integrar o fogão à bancada da pia e usar prateleiras abertas, que exigem um esforço maior de organização. Já o revestimento de porcelanato que imita o mármore da parede é similar ao usado no piso, porém com um trabalho mais elaborado.

Com uma iluminação natural razoável, o apartamento também ganhou luz pontual por meio de um lustre pendente e focos luminosos em alguns dos nichos da estante.

Detalhe da cama, que não tem divisórias para o restante do apartamento Foto: Evelyn Muller

O espaço reduzido do imóvel também motivou Melina a usar um espelho na parede da porta de entrada para dar sensação de amplitude a todo o apartamento. “É um recurso interessante, mas exige uma posição muito bem escolhida”, ela alerta.

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Para a arquiteta paulistana, morar em pequenos estúdios é parte de um estilo de vida para quem vive nos centros urbanos. “É necessário desapegar do bens e de ser uma pessoa acumuladora”, opina. “Em projetos como esse, nós valorizamos cada espaço e a pouca quantidade de objetos na decoração”, conclui.

*Estagiário sob supervisão do editor de suplementos Daniel Fernandes

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