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Do virtual para o real

Sites de decoração querem que o consumidor experimente seu estilo em lojas físicas, sem abandonar a internet

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Loja da Collector 55, em Pinheiros Foto: Zeca Wittner/Estadão

Fazer com que seus clientes vivam uma experiência agradável, que fique associada à sua marca, e, claro, se reverta em vendas. Foi pensando nesse conceito que algumas marcas não se limitaram em ficar apenas em seu lugar de origem: a internet.  A Collector 55, por exemplo, nasceu depois que a designer carioca Fabiana Falcão se mudou para São Paulo e sentiu dificuldades em achar peças originais para a sua nova casa. “Foi assim que eu percebi, há quatro anos, que o mercado tinha espaço para um site que reunisse peças fora do comum, coisas que não estão em qualquer grande loja de decoração”, diz. A ideia saiu do papel e virou um site recheado de achados bacanas, peças que passeiam por vários estilos, como o minimalista e o boho, e que, juntas, também fazem sentido. É essa curadoria detalhista que, segundo Fabiana, foi o segredo para que as pessoas comprassem sua ideia – e seus produtos.  “O site deu certo e hoje virou também uma loja física, em Pinheiros. E isso veio da vontade de mostrar para as pessoas o que é essa marca, no que a gente acredita, é algo muito ligado a life style, um conceito que reforçamos bastante depois que investimos em marketing. O cliente chega e encontra as peças em um ambiente bacana, com uma linguagem gostosa, com um som legal”, conta. Da expansão da internet para a rua, a empresária diz que colhe bons frutos, que vêm das conversas com os clientes. “O próximo passo é ter cada vez mais produtos nacionais em nossas prateleiras físicas e virtuais e também peças exclusivas.”

Foi com essa mesma linha de pensamento que outro site deu as caras em São Paulo. Com dois showrooms, um no Shopping Cidade Jardim e outro no Shopping Higienópolis, o Westwing funciona desde 2011 com um sistema de campanhas que duram quatro dias, oferecendo uma seleção de produtos geralmente agrupados por tema ou serviço. “A abertura das lojas físicas, uma em 2014 e outra no ano passado, foram muito mais uma alternativa de marketing do que de expansão. Digo isso porque nossas vendas continuam sendo feitas exclusivamente pela internet, ou seja, o cliente vai até nossa loja, escolhe o que quer e a venda é concretizadas em computadores e tablets disponíveis. A ideia é que eles conheçam o universo Westwing e vejam de que maneira acreditamos que aquelas peças possam transformar um ambiente”, diz Alexandra Tobler, diretora de estilo da marca. Para atrair os clientes até os endereços físicos, o Westwing oferece produtos exclusivos e frete rápido, de apenas um dia útil. Também com vendas exclusivamente pela internet, a Oppa funciona desde 2011, quando o alemão Max Reichel resolveu criar a marca para oferecer design bom e acessível, tendo como público alvo jovens em busca de originalidade. A ideia deu certo e hoje a marca coleciona parcerias com jovens designers que criam coleções exclusivas e vende, segundo seus números oficiais, uma cadeira Uma, seu produto símbolo, por hora.  Um ano depois de lançada, a marca fez a experiência de ter um espaço físico, que deu certo, conta Allan Gonçalves, gerente de marca da Oppa. “Hoje temos sete showrooms. Percebemos que esse contato, essa experiência com a marca, era uma tendência forte para a decisão de compra. Focamos muito no que acreditamos ser nosso lifestyle, queremos que o cliente entre e se apaixone pelo universo que montamos ali.”

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