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Designer carioca lança coleção inédita de móveis

Eleito Designer do Ano pela feira Maison & Objet Miami, ele comenta sua última coleção de móveis para a movelaria catarinense Butzke

Por Marcelo Lima
Atualização:
O designer carioca Zanine de Zanini Foto: Divulgação

Em pouco mais de uma década, o designer Zanini de Zanine recebeu alguns dos prêmios mais prestigiados do Brasil e do mundo. O mais recente, o título de Design do Ano, lhe foi outorgado em maio, pela feira francesa Maison & Objet, em sua edição inaugural em Miami.Produzidas em pequenas ou em grandes séries, suas criações frequentam hoje o catálogo de marcas de peso do Brasil e do exterior. Compõem o acervo de galerias e museus, mas também os corredores agitados das feiras internacionais. “Me interesso por todos os aspectos da minha profissão e me divirto fazendo o que faço”, afirmou nesta entrevista ao Casa, por ocasião do lançamento de sua coleção de móveis para a catarinense Butzke.

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Você é apontado como uma das principais – senão a principal – apostas do design nacional, haja vista a condecoração concedida pelo Design Miami e às muitas menções a seu trabalho aqui e lá fora. Quais seus planos para o futuro? 

Procuro não me preocupar demasiadamente com o futuro. Só o tempo para confirmar ou não essas apostas. O fundamental é continuar tendo prazer fazendo o que faço e aprendendo sempre. Isso para mim é o mais importante.

Como surgiu a coleção Mucuri para a Butzke? Quais os parâmetros observados no projeto?

Existem dois pontos-chave que sempre me chamaram a atenção na Butzke: a afetividade e o respeito com que a empresa trata a madeira, minha matéria-prima favorita. Do ponto de vista prático, tudo começou com minha visita à fábrica deles, em Timbó (SC). Pude conhecer de perto as possibilidades oferecidas pela marca, o que acabou me inspirando a criar uma coleção baseada em esculturas brasileiras, tema que me interessa muito. Por fim, todo o conhecimento da equipe da Butzke fez com que o desenvolvimento dos móveis fosse muito rápido, culminando em peças muito bem construídas, todas de madeira cumaru.

Em meio a tantas viagens, mostras e incursões ao redor do mundo, sente que seu design está mais brasileiro ou mais internacional? 

As viagens são parte indissociável de meu percurso. Em função delas, diria que sinto que meu trabalho está cada vez mais brasileiro e, por mais estranho que pareça, mais internacional. Mais brasileiro, pois cada vez mais me apaixono por nossa cultura, fazendo dela ponto de partida de meus projetos. E mais internacional, pois quanto mais genuínos eles vão se tornando mais interesse despertam e mais propiciam convites vindos de outros países.

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