Design em sintonia com a natureza

Designer apresenta sua mais nova coleção de móveis para áreas internas e externas

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Por Marcelo Lima
Atualização:
A espreguiçadeira Contorno,com estrutura metálica e trançado de corda náutica. Foto: Dona Flor Mobília

A designer Rejane Carvalho Leite encara sua formação em arquitetura como um trampolim que a levou ao ofício ao qual ela se dedica integralmente e com todo contentamento: o design de produtos. “Iniciei minha carreira no segmento comercial, área na qual o envolvimento do profissional com todos os itens do projeto é bem maior. O desenhar móveis acabou surgindo de forma natural”, conta ela, que se especializou em Florença e Milão e tem hoje sua produção executada por 18 empresas brasileiras, incluindo a Dona Flor Mobília. Marca para a qual Rejane acaba de desenvolver uma nova linha de mobiliário – para áreas internas, externas ou em transição – que ela apresenta nesta entrevista ao

Casa

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A versatilidade de usos é um dos itens mais valorizados pelo consumidor de móveis. Como você explorou esta característica na nova coleção?

Há algum tempo, um móvel mais múltiplo e mais híbrido, entendido como aquele que pode circular tanto dentro quanto fora da casa, vem ganhando espaço nas áreas residenciais, comerciais e públicas. Neste sentido, eu e a Dona Flor acreditamos que a interatividade entre os ambientes deve ir além da proximidade entre eles. Por isso, nesta coleção me preocupei em oferecer móveis capazes de atender a expectativas conscientes e até inconscientes do usuário, ou seja, aquilo que ele espera do produto e o que ele acaba por explorar por conta própria. A mesa Revisteiro, por exemplo, não se limita a armazenar revistas. As coisas não são estanques. O usuário é que deve definir a configuração final. O custo para se colocar um produto em linha é alto, então, é natural que ele atenda a um número maior de necessidades.

Como o verde se relaciona com os móveis?

Cada vez mais, plantas, flores e árvores emolduram os espaços, formando um pano de fundo para um viver que se pretende estar em sintonia com a natureza. Assim, acredito que o mobiliário não deve ficar alheio a essa realidade. As linhas orgânicas e as cores utilizadas na nossa coleção propõem uma maior integração entre vegetação e mobiliário, ampliando a sensação de bem-estar e a unidade entre os ambientes.

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Como a cultura indígena, outro aspecto que você levou em consideração, se manifesta no desenho das peças?

Por meio da corda náutica, de variadas cores, procurei estabelecer um vínculo com as cestas confeccionadas pelos índios, reproduzindo, assim, desenhos e tramas que ressoam à cultura de diferentes povos. Mas para captar toda esta dimensão é preciso chegar mais perto: a trama fina da corda mescla nuances que só são percebidas pelos observadores mais atentos.

 

 

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