Design e vinho a céu aberto

Designer e vinícola criam primeira loja temporária de móveis ao ar livre do Brasil

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Por Roberta Cardoso
Atualização:
A designer Marta Manente Foto: Rodinaldo Severo Goulart

A cidade de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, une os seus dois maiores pólos produtores – o de vinho e o de mobiliário –, e ganha a primeira loja temporária brasileira de móveis ao ar livre. Em síntese, uma iniciativa do Studio Marta Manente Design em parceria com a vinícola Miolo para promover o que a cidade tem de melhor a oferecer. “Esse movimento de fazer exposição de design em regiões produtoras de vinho já existe na Europa, mas de uma forma diferente do que estamos propondo aqui no Brasil. Por lá, eles fazem degustações em galerias onde o design e arquitetura podem ser apreciados na companhia de uma boa taça de vinho. Aqui, além de consumir a bebida, o visitante pode interagir e até comprar os móveis que estão espalhados pelo jardim compondo o cenário”, explica a designer Marta Manente, responsável pela criação dos pufes, mesas, poltronas, terrários e luminárias, entre outras peças, que hoje compõem os jardins da vinícola localizada no Vale dos Vinhedos, nos arredores da cidade gaúcha. VEJA FOTOS DA LOJA TEMPORÁRIA E PRODUTOS À VENDA

Entre os itens desenhados por Marta, há desde balanços de couro para área externa até a poltrona Flor, peça já apresentada nas semanas de design de Milão e Nova York e que, em setembro, segue para Londres. “Esse tipo de exposição, a céu aberto, também é uma forma de as pessoas conhecerem e consumirem design de um jeito diferente do tradicional, onde tudo fica confinado dentro de uma loja. Aqui, elas podem ver, sentir e usar as peças antes qualquer coisa”, afirma.  E, ao que tudo indica, com razão. Aos finais de semana, quando o espaço fica aberto para visitantes, um público de todas as idades circula pelo local para degustar uma taça de vinho, relaxar, apreciar a vista, e, entre uma coisa e outra, consumir móveis. “É um jeito diferente de entrar em contato com os dois grandes motores da economia local. Muitas pessoas que passeiam pelo jardim e ficam sabendo que a poltrona Flor, por exemplo, já participou de mostras internacionais, se interessam e querem saber mais sobre design. Passam a valorizar nosso trabalho, se sentem mais próximo dele.” 

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