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Após transformação, corredor do Jockey vira reservatório com 70 mil litros de água

Batizada de Cisterna da Deca, espaço criado pelo arquiteto Osvaldo Tenório atrai os visitantes da Casacor

Por Roberta Cardoso
Atualização:
Hall de entrada foi ambientado para visitante contemplar cascata em cadeiras e sofás desenhados por Osvaldo Tenório. Foto: Zeca Wittner/Estadão

As cisternas tiveram grande importância para a evolução da sociedade. Usadas por antigas civilizações como depósito subterrâneo de água, foram fundamentais em regiões onde a chuva era escassa. Inspirado pelo tema e também por sua função, o arquiteto Osvaldo Tenório levou à Casacor uma releitura deste tipo de reservatório hídrico.

Eleito como o melhor Espaço Alternativo da mostra, a Cisterna da Deca transformou a galeria original do Jockey Club de São Paulo em um depósito de 70 mil litros de água. “Eu quis fazer uma reflexão sobre o uso consciente da água, além de destacar a natureza e a sustentabilidade”, argumenta Tenório. “Assim, criei um espaço para contemplar e valorizar a água.” 

Logo no hall de entrada, a água escorre por uma grande parede de granito bruto e chega até o espelho d’água, fazendo uma alusão ao ciclo hídrico. Para tanto, os visitantes têm espaço para observar esse movimento. Cadeiras, sofás e luminárias desenhadas pelo arquiteto imprimem serenidade ao ambiente. 

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Na área externa, rampas metálicas circundam a cisterna, o que proporciona uma vista exuberante das instalações do entorno. No final do caminho, há um encontro das rampas laterais com uma sala de banho inspirada, também pela natureza. Para compor o espaço, Tenório criou uma linha exclusiva de metais e uma cuba. “A Cisterna da Basílica, na Turquia, foi a minha grande referência”, conta ele. 

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