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Delícia de Vila Italiana

A arquiteta Letícia Ruivo escolhe o estilo italiano para o projeto da casa da família em Campos do Jordão

Por Marisa Vieira da Costa
Atualização:

Um pequeno bosque de araucárias, cedros e pinheiros envolve o casarão situado no alto de uma elevação suave, em um condomínio em Campos do Jordão. Com mais de mil m² de área construída, o imóvel tem várias salas, oito suítes, cozinha gourmet, gazebos, adega, sala de jogos, quadra de tênis e até uma passagem subterrânea que leva a um spa.

 

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A casa de campo pertence a uma família inteira, mas foi a filha, a arquiteta Letícia Ruivo, quem fez o projeto em parceria com o pai, Carlos Ruivo. "Na verdade, foi um trabalho em conjunto. Como somos italianos e falamos muito, todo mundo palpitou um pouco", brinca Letícia.

 

Em um ponto, segundo ela, houve concordância: teria de ser uma vila italiana, pois tinham como referência a casa da avó. "Em 2005, compramos dois lotes de terreno, mas, como tínhamos outra casa aqui em Campos, arrastamos a obra, que só ficou pronta há um ano e meio", relata a arquiteta.

 

Como uma típica vila italiana, a planta é em forma de U, com pátio atrás, sacadas pequenas, próprias da arquitetura toscana, e materiais bastante usados nas casas da península: tijolos aparentes, pedras em toda a volta, para que a água da chuva não marque as paredes, e telhas de barro. Mas Letícia usou e abusou da madeira e do vidro.

 

Os caixilhos das portas que isolam as salas são de freijó, assim como os rodapés e rodameios. O piso é de cumaru, que também aparece nas vigas de demolição no teto. A madeira ainda surge nas molduras das lareiras espalhadas pelos cômodos e em nichos como aqueles que abrigam o bar e a aparelhagem de som no home theater.

 

Mas Letícia faz questão de dizer que é mesmo o vidro que tem uma função determinante, pois traz o verde do entorno para dentro da casa através dos altos janelões. Ele também aparece no gazebo interligado à cozinha gourmet, onde a família toma o café da manhã e faz fondue nos dias mais frios. E no andar de cima, reservado aos brinquedos das crianças.

 

Foi a própria Letícia quem desenhou toda a marcenaria (executada pela Montesa Marcenaria) , inclusive a da cozinha, que também segue estilo toscano – com coifa de alvenaria e paredes de tijolinhos aparentes.

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Muitos dos móveis foram escolhidos pela mãe da arquiteta, como uma magnífica mesa de jacarandá no vestíbulo, que só disputa atenção com um enorme lustre de folhas de ferro batido e flores de porcelana da Trench House. São lembranças de viagens da matriarca os enfeites que se espalham pela grande sala da lareira com pé-direito duplo. Vêm dela também os bufês da sala de jantar com mesa para 10 pessoas.

 

"Mas o xodó da minha mãe é o móvel do banheiro da suíte dela", conta a arquiteta, que mandou colocar pia e encanamento na cômoda comprada em antiquário para o espaço onde se poderia dar um baile.

 

Outro diferencial do décor são as paredes forradas de tecido (do Armazém Paludetto). Se no home theater elas aparecem revestidas com cenas de faisões, no jantar são adamascadas e, na suíte principal (inclusive no banheiro), predomina o xadrez. A lareira de acendimento automático reforça o clima de inverno.

 

"Nos reunimos aqui pelo menos a cada 15 dias. E é uma festa. Nunca falta o que fazer nesta casa. É uma delícia acordar olhando para o verde, assim como tomar um vinho junto ao fogo de chão no jardim", afirma Letícia.

 

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