PUBLICIDADE

Da feira livre para a casa

Na sustentável linha José, Maurício Arruda exibe um pouco do Brasil. E há outras criações atuais dele

Por Beto Abolafio
Atualização:

Maurício Arruda pertence a uma nova geração de arquitetos e designers que parece refletir o genuíno do Brasil. Um exemplo é sua recém-lançada linha José. "Ela tem a informalidade e a descontração daqui", considera.

 

PUBLICIDADE

Pés de ferro com desenho inspirado nos de carrinhos de catadores de lixo, teca certificada e caixas de plástico reciclado compõem o bufê, a cristaleira e o criado-mudo de viés sustentável. Coloridas, as peças - que podem se adaptar a qualquer cômodo - remetem, entre outros aspectos, ao universo das feiras livres.

 

Mas por que a coleção se chama José? "É um nome bem comum no Brasil, é o nome do meu pai e também do meu marido", responde o londrinense de 37 anos.

 

Foi só no último ano que o profissional começou a projetar produtos para o mercado. "Era preciso maturar, pois é um trabalho muito específico." Coincidência ou não, faz um ano também que se mudou para seu "office home" - um apê em Cerqueira César onde impera a liberdade.

 

Ali podem-se observar outras criações dele. É o caso das cadeiras Thonet garimpadas por aí, que têm a palhinha original substituída por uma trama plástica e são laqueadas de cores variadas. Ou o espelho em forma de diamante. Ou ainda uma das bases de uma novíssima mesa, com pitada surreal. É um castelo de cartas de baralho feitas de chapa de aço cortada a laser, pintura eletrostática e adesivos. "Sempre me fascinou esse visual de instabilidade", conta o autor.

 

O endereço é ainda ponto de encontro do WHYDESIGN, coletivo que reúne, além do dono do pedaço, os arquitetos Guto Requena e Tatiana Sakurai. "Cada um tem seus projetos, mas, dependendo do caso, a gente se reúne."

 

Maurício, que leciona no curso de Design de Interiores do IED e representa a argentina Picnic, planeja agora lançar uma nova marca de objetos e acessórios para casa. Toca a vida, como indica sua produção, conectado ao contemporâneo.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.