Quando pensamos em decorar a casa, muitas vezes tomamos como exemplos decorações vistas em filmes, séries, no Pinterest ou aqui no Casa. Longe de mim dizer que tais ideias são ruins. Pelo contrário. É ótimo – e necessário – exibir suas ideias, seus pontos de vista e sua personalidade para que o profissional saiba qual caminho seguir na hora de planejar a sua casa.
Mas uma coisa é vestir a casa (com acessórios, móveis e cores). Outra, muito diferente, é revestir. Nesse último caso, é preciso, antes de mais nada, pensar na funcionalidade – ainda que levando em consideração a estética.
A busca por praticidade, aliada à correria do dia a dia, levou o consumidor a buscar soluções que facilitassem o trabalho doméstico. “Isso muda muito o jeito de consumir e a maneira que a família se organiza dentro de casa, passando a ser muito comum todos os membros fazerem de tudo um pouco”, conta o arquiteto baiano Gabriel Magalhães, autor desse apartamento na praia de Itacimirim, no norte da Bahia.
Por esse e outros motivos o porcelanato ganhou tanta força na decoração. No projeto de 120 m² planejado por Gabriel, piso, bancada e paredes ganharam o revestimento. Se tratando de uma casa de praia, a frieza do material já o coloca como uma das melhores opções para ser escolhido. Mas, sua facilidade de manutenção e limpeza, além da durabilidade, o fizeram perfeito para essa casa de veraneio de um casal com dois filhos.
Confira as fotos do apartamento:
Pensando no conforto térmico da família – afinal, as temperaturas acima dos 30 graus são comuns –, a grande varanda entregue pela construtora foi integrada ao living, criando um ambiente único, com apenas ripas maleáveis de madeiras setorizando o ambiente da sala de jantar e estar. De acordo com o arquiteto, por conta do sol forte da praia baiana, a convivência dentro de casa e a durabilidade dos móveis seriam afetados caso tal decisão não fosse tomada. “Para complementar, utilizamos também uma tela solar como cortina. Ela permite que a luminosidade passe, mas bloqueia os raios solares”, explica ele.
Assim, a forma de revestir a casa foi mais fria, no entanto, para recheá-la, por assim dizer, o arquiteto permitiu o uso de texturas e fibras naturais. De forma que, quando associadas com a paleta sóbria do apartamento, com predominância de tons de cinza e marrom, trouxeram a sensação de aconchego. “É preciso lembrar que a casa também é o lugar para relaxamento e descanso da família e é importante ter esse conforto”, pontua.
O tapete na sala, 100% de fibra sintética, ainda traz a facilidade na manutenção. “Dá até para pisar molhado”, diz. Para arrematar, vasos, cestas, e almofadas de fibras naturais, além de uma mesa de jantar de tora bruta, com desenho exclusivo do arquiteto. Claro que, sempre levando em conta o bom senso. Um tapete com muito pelo em uma casa de praia, talvez não seja a escolha ideal, por exemplo. Ou ainda objetos cromados. Afinal, devido a maresia, eles enferrujam muito rápido nesses ambientes.
Parece, mas não é
Detalhes, cuidados e misturas transformam, então, a casa em lar. Seja na forma de vestir ou de embrulhar a casa, afinal o porcelanato imita um assoalho natural. Especialmente o tipo que imita madeira. “Uma peça não começa onde termina a outra necessariamente”, afirma Gabriel que, ainda reforça a importância de ter uma mão de obra especializada na hora de instalar o produto.
“Não é algo do tipo faça você mesmo. É sempre importante seguir o que está escrito na caixa do porcelanato, respeitar a forma de assentar de cada um. Cada fabricante manda uma instalação diferente, pois existe uma deformação natural da peça”, explica. Versátil, o porcelanato funciona bem em diferentes ambientes e se adapta em projetos de estilos despojados ou refinados. Use sem moderação.