Conheça o designer que vai desenhar o troféu do Prêmio CASA

Recém-chegado de Nova York, onde participou da feira IFCC, Paulo Alves comenta sua trajetória e o troféu que está desenhando para o prêmio de decoração

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Por Marcelo Lima
Atualização:
O estande do designer na feira IFCC, em Nova York Foto: JAMES CREEL

São mais de 22 anos de contato permanente com a madeira — grande parte dos quais vividos diretamente na bancada , desvendando os segredos da matéria-prima e os aplicando na produção de móveis de tiragem limitada. “Adoro a pesquisa e vou me dedicar para sempre a ela. Mas o que me interessa hoje é investir na produção em série, em parceria com fábricas e redes de lojas, levando nosso trabalho a um público mais amplo”, conta o designer que acaba de voltar de Nova York, onde participou da feira ICFF (International Contemporary Furniture Fair) e, no momento, está em vias de concluir o projeto do troféu que vai agraciar os vencedores do Prêmio CASA 2017. Assunto que ele aborda nesta entrevista ao Casa.

O que o levou a Nova York? Participei pela segunda vez da ICFF . Foram 13 estúdios brasileiros representados, patrocinados pelo Projeto Raiz, da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que promove o design brasileiro no exterior. Dentro desse mesmo projeto, participamos agora de uma exposição na embaixada do Brasil em Roma. De um ano para outro percebi um aumento do reconhecimento de nossa marca, sobretudo por parte dos designers de interiores. Muito produtivo também o encontro com designers que integram a plataforma de comércio eletrônico CB2 ( www.cb2.com ). Fechamos contrato com eles e estamos desenvolvendo vários produtos para a coleção 2018.

O designer Paulo Alves Foto: VITOR AFFARO

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Como funciona hoje sua marcenaria? Cada vez mais como um laboratório para experimentar novas formas e técnicas de aplicação das diversas madeiras brasileiras. Como elas são muitas e as exigências de projeto mudam todo tempo, há sempre muito a pesquisar.

Comente o troféu que você está desenvolvendo para a primeira edição do Prêmio CASA.  Resolvi trabalhar em cima do conceito de morada. Minha intuição está me aproximando de formas que partem da ideia de ninho, de um habitat que surge como extensão da natureza, como as casas dos pássaros. Feitas a partir de mínimas intervenções sobre matérias-primas locais, mas que fornecem, na medida certa, toda a proteção que eles necessitam. Vejo essas realizações dos animais como verdadeiras lições para nós, que por vezes nos complicamos tanto ao projetarmos nossas casas.

O bar Guaimbê, uma das peças apresentadas na IFCC, em Nova York Foto: LUCAS ROSIN
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