PUBLICIDADE

Como na arquitetura

Designers apresentam seus móveis, que passam por um período de adaptação antes de serem produzidos e lançados

Por Marcelo Lima
Atualização:
A estante Dots. Foto: Fran Parente

Arquitetos de formação, os integrantes do

PUBLICIDADE

F. Studio

admitem dispensar ao desenho de mobiliário o mesmo rigor dedicado a seus projetos de arquitetura. Só que em escala menor. Sistemas estruturais, relações espaciais e permeabilidade visual são questões por eles abordadas, indistintamente, em todos as suas criações. “Cidade, edificação e mobiliário estão sempre interligados: mantendo as proporções, invertendo as escalas e adaptando os usos”, conforme afirma Fernando Fernandes, sócio do estúdio, desde de 2013, ao lado de Flavia Araujo e Felipe Vargas. “Nossa proposta é oferecer um design contemporâneo e acessível, adaptável aos mais diversos contextos. E para nós, isso significa olhar para frente, mas também para trás”, resume Flavia que, junto a seus colegas, apresenta as criações da marca aos leitores do

Casa.

Do ponto de vista funcional, a quem se destina um móvel do F. Studio? Flavia Araujo:

Ao longo da nossa trajetória, percebemos que atingimos um público que busca um desenho atemporal, autoral, mas com personalidade. Ainda acrescentaria que, do ponto de vista técnico, nosso móvel também chama a atenção das pessoas por ser facilmente desparafusado, o que facilita o transporte. Por fim, acredito que o sistema de encaixe das madeiras nos ferros, que reforça a leveza das peças, acaba sendo outro atrativo.

Os materiais parecem ter fundamental importância na configuração de cada projeto. Como eles são escolhidos? Fernando Fernandes:

Publicidade

Sem dúvida. Observamos, sobretudo, a interação entre eles. O ferro sempre é utilizado como elemento estrutural, enquanto os demais, como a madeira, o vidro, o couro e o concreto, determinando superfícies e volumes. Recentemente, começamos também a garimpar madeiras de demolição no interior de Minas Gerais. Com ela temos desenvolvido peças mais leves, um pouco distante da ideia que normalmente se tem de um ‘móvel de demolição’.

Vocês possuem uma forma muito particular de, digamos, "observar" os móveis em ação, antes de encaminhá-los para a produção e para o mercado. Como isso se dá?  Felipe Vargas:

É verdade. Como nossa fabricação é própria, conseguimos ter acesso e controle total dos processos de produção. Além disso, dispomos de uma ‘casa-ateliê’, onde todas nossas peças são usadas no dia a dia, para que possamos aperfeiçoá-las ao máximo. Só a partir desse momento, consideramos que o móvel está pronto para ser produzido e comercializado. Mas isso não é tudo. Observá-los em todos os seus detalhes, também ajuda na concepção dos próximos produtos.

O banco Grid, outra criação do F. Studio Foto: Fran Parente
Os integrantes do F. Studio, a partir da esquerda:Fernando Fernandes, Flavia Araujo e Felipe Vargas. Foto: Fran Parente

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.