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Charme de praia

Madeira e fibras sintéticas são os materiais mais usados nos móveis para áreas externas

Por Marcelo Lima
Atualização:

Cobertos, ao ar livre, avarandados. As fronteiras se diluem quando o assunto é aproveitar ao máximo o verão na praia ao abrigo do sol e confortavelmente acomodado. Quer se trate de um amplo quintal ou de uma pequena varanda, é sempre possível dotar as áreas externas de uma casa de condições adequadas para o lazer, descanso e até mesmo refeições ao ar livre. Mas, além de um projeto, é essencial contar com o mobiliário específico para cada situação. "Na hora de mobiliar áreas de dimensões reduzidas, como a maioria dos terraços dos apartamentos, é importante respeitar a conformação da planta, evitando congestionar o ambiente com um acúmulo de peças", alerta o decorador Paulo Henrique de Souza, que acaba de transformar uma pequena varanda, com vista para a Baía de Todos os Santos, em um recanto para refeições em família. Para tanto, o decorador lançou mão de um mobiliário anfíbio, como se convencionou chamar a nova geração de móveis de fibras sintéticas. Materiais que preservam o aspecto e o toque de matérias-primas como o junco e o vime, mas que podem ser submetidas ao ambiente externo. "Elas estão cada vez mais elaboradas. Não só resistem aos rigores do tempo, como também não arranham, nem mancham", explica Roberta Mandelli, da Tidelli, empresa que acaba de lançar uma coleção que mistura diferentes texturas do material sintético. Como princípio construtivo, a combinação de fibras entre si - e também com madeira e metal - e, como inspiração, o minimalismo oriental, uma das tendências mais quentes da estação. Vertente presente, por exemplo, nos novos modelos de umbrelones. "Formados por lâminas, alguns dos produtos são tão leves visualmente, que nós brincamos que não vendemos umbrelones... nós vendemos sombra", diz Roberta. Entre as matérias-primas naturais, a madeira - de preferência empregada crua, na melhor tradição do Oriente - continua a ocupar o centro das preferências de decoradores e clientes. "Associada a materiais como a palha e a tecidos como o algodão cru, a madeira é ideal para compor a atmosfera típica do viver à beira-mar", afirma a arquiteta Débora Aguiar, que lançou mão da receita para compor uma sala de jantar de perfil rústico, em Iporanga, Guarujá. Explorado por Simone Mantovani em uma residência de veraneio de um condomínio no litoral de São Paulo, o contraste entre a madeira e o branco é também um dos aspectos mais valorizados nos projetos em áreas litorâneas. "Para manter a uniformidade plástica do living, mas, ao mesmo tempo imprimir nuances e movimento à ambientação, optei por diversas tonalidades desse material, do caramelo ao ébano profundo", realça Simone. Como acontece com outras matérias-primas, porém, a madeira exige atenção às condições de utilização. A rigor, apenas peças constituídas por variedades resistentes - como a teca, proveniente da Indonésia e usada na construção naval - podem ficar ao ar livre. Quando não específicas para esse fim, ela deve receber antes tratamentos à base de vernizes, fungicidas e impermeabilizantes.

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