Casa Cor abre as portas em São Paulo

Mostra de decoração, com cerca de 70 ambientes, pode ser visitada de 26 de maio a 12 de julho, no Jockey Club

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Por Marcelo Lima
Atualização:
Vista geral do ambiente de Roberto Migotto, a partir da cozinha Foto: Zeca Wittner/Estadão

Casas e apartamentos onde a relação com o meio externo é mais do que nunca enfatizada. Ambientes concebidos como espaços interativos, capazes de assumir diferentes configurações ao longo do dia. A casa e suas múltiplas metamorfoses são assuntos da Casa Cor 2015, mostra que ocupa parte das dependências do Jockey Club de São Paulo, da próxima terça-feira até 12 de julho. 

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A rigor, a mostra começa antes mesmo de sua entrada. Criada pelo paisagista Benedito Abbud, uma calçada exclusiva, propondo um percurso interativo, dará as boas-vindas aos visitantes. Com sistema próprio de captação de água, estrutura para abrigar exposições itinerantes, além de diversos recantos de convivência, o espaço antecipa as novidades desta edição. “A missão da Casa Cor é estar afinada com seu tempo e, claro, surpreender seus visitantes”, diz a presidente da mostra, Lívia Pedreira, que inicia sua gestão com um enfoque mais sustentável.

Além de iluminação 100% LED em todos os ambientes e áreas comuns, a meta é trabalhar para uma montagem mais limpa, com menos desperdício e maior reaproveitamento de materiais. Tudo com vistas a obter para a mostra, em um prazo de cinco anos, a certificação internacional de sustentabilidade. “Estamos convencidos de que operar com menos é melhor. E isso tem se refletido em todas a nossas decisões, inclusive em contar com um número mais reduzido de participantes”, explica.

Assim, mais enxuta, a mostra apresenta cerca de 70 ambientes, distribuídos em três núcleos: área de entrada, que concentra uma pequena vila e uma alameda que remete a um condomínio; uma área central, com jardins, lofts e instalações especiais; e, por fim, um único edifício sede, ocupado por ambientes independentes. Entre eles, dois apartamentos: um equipado com um quarto de menino e o outro, com um de bebê. 

“Em se tratando de dormitórios, as propostas apontam para uma maior interiorização”, salienta Cristina Ferraz, diretora de relacionamento da mostra, que acompanha de perto o dia a dia da montagem. Segundo ela, o ambiente mais íntimo da casa continua, por definição, ligado à ideia do sono. Mas também, cada vez mais, à de recolhimento. “Percebo que a leitura é um hábito que volta a ser incorporado aos projeto. Em quase todos os quartos que visitei encontrei estantes para acomodar livros”, diz. 

Por outro lado, enquanto os dormitórios perseguem um ideal de privacidade, ao que tudo indica, salas e demais áreas de uso social querem mais é ganhar destaque. Tanto aos olhos dos moradores da casa quanto de terceiros. “A sala é um dos espaços da casa onde a ideia de compartilhar se manifesta com maior intensidade”, considera Lívia, pontuando outro dos conceitos em discussão. 

Presente até mesmo no desenho dos jardins que, de uma forma ou de outra, parecem querer compartilhar o espaço doméstico. Ora como um oásis, ora como um respiro em meio a espaços reduzidos, ora como uma opção de entretenimento para quem cultiva hortas e flores. Na cozinha e até mesmo no banheiro. Confira nesta edição do Casa um pouco de nossa visita à mostra.

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