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Arquiteta explica como funciona o serviço de decoração expressa

Juliana Matalon, dona de um escritório especializado no serviço, diz que clientes que não têm tempo a perder

Por Marcelo Lima
Atualização:
Estúdio decorado por Juliana dentro da modalidade expressa e, à esquerda, o imóvel tal qual entregue pela construtora. Foto: Gui Morelli

Lajes que não podem ser perfuradas, tubulações inesperadas, móveis que não encaixam. Por menor que seja a reforma, atrasos e despesas não programadas são quase sempre inevitáveis, sobretudo para quem decide tocar a obra por conta própria. Por isso, pensando naqueles clientes que não têm tempo, nem pretendem ter trabalho, a arquiteta Juliana Matalon resolveu implantar em seu escritório um setor inteiramente voltado para reformas expressas. “A pessoa entrega o apartamento do jeito que comprou e nós cuidamos de tudo: marcenaria, iluminação, decoração e até a compra dos eletrodomésticos”, conta ela que, além de supervisionar a obra, fecha seus orçamentos diretamente com as fábricas para garantir os melhores preços. “É só se mudar”, como ela adiantou nesta entrevista ao Casa.

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Por que decidiu oferecer este tipo de serviço? Que carências detectou no mercado? Percebi que muitos clientes que compram apartamentos pequenos, normalmente são empresários que estão na cidade por um curto período de tempo, investidores que compraram o apartamento para alugar ou mesmo pessoas que pretendem realmente morar no imóvel, porém, na correria do dia a dia, acabam não passando muito tempo em casa. Todos estes perfis de moradores acabam não tendo condições de se dedicar a uma reforma, não querem ter de se preocupar com ela, mas, ainda assim, querem gastar o mínimo possível e ter um apartamento legal. Foi quando percebi que podia oferecer a eles um pacote com um valor fechado, sem surpresas ao longo da execução. Desta forma, o cliente sabe o quanto vai gastar, quanto tempo a obra vai durar e qual o produto que vai receber. 

No que o serviço difere de um projeto convencional? Nosso escritório também desenvolve trabalhos fora do formato expresso. A diferença está no produto final e no desenvolvimento da proposta. Em um projeto expresso, o detalhamento, o orçamento e as negociações são feitas no escritório e, só depois de fechado, apresentamos a versão final para nosso cliente. Ele recebe o trabalho na forma que acertamos, de maneira que, em geral, as propostas são bem neutras, para agradar a todos. Em um trabalho convencional de arquitetura de interiores, o cliente participa de todas as escolhas. O expresso, como o próprio nome sugere, leva menos tempo para ser concluído porque dispensa esta etapa e tudo acontece mais rápido: os fornecedores estão negociados, os acabamentos definidos e as escolhas feitas. Isso agiliza bastante o processo. 

Que tipo de intervenção, ou serviço aplicado à obra, acaba representando o melhor custo-benefício para o cliente? Para todos os serviços que oferecemos acabamos tendo um excelente custo-benefício, uma vez que todos os nossos orçamentos são fechados previamente com as fábricas para garantir os melhores valores. Independentemente se fecharmos um ou dez apartamentos iguais. Mas, sem dúvida, os itens nos quais os clientes mais percebem uma redução significativa no custo final são a marcenaria e os móveis planejados.

A arquiteta Juliana Matalon, que além de projetos convencionais, desenvolve reformas completas, a preço fixo. Foto: Daniela Scarelli
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