Os desafios de 2020 não diminuíram a expectativa de um Natal feliz, mas talvez mudaram seu enfoque. A data continua sendo de confraternização e família, porém, diante das limitações impostas pela covid-19, mais do que nunca é hora de caprichar na decoração. A começar pela guirlanda: ornamento que ao longo dos séculos sinaliza que, naquela casa, o Natal está para chegar. “Este ano, a gente quis unir a natureza com a sensação de proteção que a festa traz. O que não vem com o sintético. Os materiais são coisas que caem no chão, galhos, frutos, flores secas”, conta a designer Gabriela Nora, que elaborou o adereço que ilustra esta edição especialmente para o Estadão. O orgânico, segundo ela, surge para olhar o que é nosso. “Um Natal 100% brasileiro sem estereótipos, nem interferências estrangeiras, para descobrirmos as formas da nossa natureza”, diz ela, que associa o momento que vivemos também ao olhar para dentro gerado por tantos meses de isolamento. “De repente, a gente percebeu que tem de valorizar mais o que a gente tem.” Isso sem esquecer de que os antigos romanos expunham coroas de flores nas portas de suas casas para desejar saúde a seus moradores. Votos, aliás, hoje mais do que nunca bem-vindos.
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