André testa a geometria

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Por Redação
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O apreço de André Lima pela decoração e pelo design fica evidente a quem visita sua loja-ateliê na Vila Olímpia. Com exceção do armário escandinavo, um ambiente todo feito de móveis desenhados pelo estilista paraense compõe a recepção. Os sofás e pufes de grandes dimensões empregam estampas em preto e branco, tanto gráficas quanto orgânicas. A geometria está ainda presente no tapete em tons fechados e nos garden seats. Têm tudo para ser perenes, embora fashion. Com espaço também para a cor, essa é só uma amostra do que o criador produziu para a Firma Casa com a ajuda do amigo e arquiteto Maurício Arruda, já que ainda engatinha em aspectos como volumetria e proporção do mobiliário.

 

 

 

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Nascido em Belém, o estilista chegou a cursar Arquitetura na metade dos anos 80, mas não concluiu. "A moda falou mais alto", lembra ele, com personalidade entre cartesiana e intuitiva, que na época estava com o pós-modernismo na veia e buscava experimentações não proporcionadas pela faculdade. Hoje, aos 39 anos e desde 1992 em São Paulo, a incursão nesse outro universo parece ter se mostrado complementar à sua atividade principal. Afinal, na moda, diz ter mesmo como referência o design, a decoração, além da arte e da natureza – essa última tão presente na infância. "Isso me fez ter uma visão do Brasil para além do turístico."

 

Aos 5 ou 6 anos, André pirou quando descobriu uma biblioteca. Amante dos livros, compra quilos de exemplares para matar uma curiosidade inata. A experiência com estamparia e esse olhar caleidoscópico, que gosta da ideia de influenciar a vida das pessoas, interessou Sonia Diniz. A proprietária da Firma Casa logo arrematou as primeiras almofadas de jacquard feitas pelo estilista com sobras de tecidos da confecção. Foi a semente de uma viagem estética que parece estar só no início. "Quero experimentar muito mais", conta o profissional, que adora a presença de ícones sacros tanto no trabalho quanto em casa, onde, confessa, não gosta de acumular muitas coisas.

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