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Acabamento e iluminação deixam lavabos mais confortáveis

Em busca de uma estética sedutora aos olhos de quem vai utilizá-lo, a configuração desse ambiente pode fugir da formalidade quando o assunto é revestimentos, louças e metais

Por Vivian Codogno
Atualização:

Nem tanto um espaço utilitário, muito menos um ambiente de permanência na residência. O lavabo leva consigo a difícil missão de atuar como uma extensão do espaço social – quando se está recebendo visitas – e, ao mesmo tempo, de manter a privacidade dos moradores em relação a ambientes reservados, como o quarto e o banheiro. Assim, em busca de uma estética sedutora aos olhos de quem vai utilizá-lo, a configuração desse ambiente pode fugir da formalidade quando o assunto é revestimentos, louças e metais. As informações “sisudas” de um banheiro, nesses casos, ficam para segundo plano e dão margem a criações charmosas e repletas de personalidade.

Grafismos em cinza e pastilhas amarelas dão tom descontraído a lavabo da arquiteta Adriana Fontana Foto: Julia Ribeiro

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Criar um fator-surpresa para quem o visita foi o mote do lavabo projetado pelo designer de interiores Diogo Oliveira no próprio apartamento, na região da Avenida Paulista. A vida social agitada do proprietário fez com que ele planejasse todo o espaço residencial de forma a deixá-lo confortável para visitas. Sem deixar de marcar seu estilo. “A ideia central do projeto deste ambiente era criar uma caixa preta. Por isso, investi no mesmo revestimento preto tanto para as paredes quanto para o teto”, explica.

A iluminação ficou a cargo de uma régua industrial no teto, que fornece um ar fabril ao espaço e reforça a ideia de “caixa” proposta por Oliveira. O designer de interiores confirma a ideia de que o lavabo dá mais privacidade a espaços que os moradores desejam manter restritos. “Quando iniciei a obra deste apartamento, não existia lavabo. Aproveitei a proximidade com a suíte, repliquei as tubulações de água e esgoto, reduzi a sala de entrada e criei uma caixa acoplada para se transformar em lavabo para as visitas, já que o apartamento recebe pessoas o tempo todo.”

Intenção do designer Diogo Oliveira ao apostar em revestimentos escuros foi fazer de seu lavabo uma 'caixa preta' Foto: Zeca Wittner/Estadão

Uma perspectiva totalmente diferente foi proposta à designer de interiores Adriana Fontana na reforma de um apartamento em que a maior motivação era preservar as louças e os objetos de metais, como torneiras, originais da casa. Em busca de imprimir o clima da casa também no lavabo, a profissional investiu na mistura de cores e texturas nos acabamentos. A intenção de Adriana era, também, diminuir a barreira estética entre a sala de estar da residência e o lavabo, que tem a porta de entrada voltada para este ambiente.

“Quando o visitante abre a porta do lavabo, que fica de frente para a sala, a primeira coisa que deve saltar aos olhos é o amarelo do balcão. Por que não ousar na cor?”, reflete a designer. “Pela lógica, o lavabo precisa ser acessível em relação às áreas sociais da casa. Para minimizar o impacto da presença de um aparelho sanitário no meio da casa, é possível ‘escondê-lo’ com painéis e revestimentos inteligentes. É uma solução na qual aposto com frequência”, explica.

Neste caso, os grafismos em cinza e preto do azulejo dão o tom descontraído à principal parede do lavabo. A iluminação, indireta, é composta por uma arandela lateral cujo formato se assemelha à estampa do revestimento. “Podemos definir o lavabo como aquele banheiro em que é possível ousar em termos de projeto”, diz Adriana. “Quanto à iluminação, ela pode, inclusive, ser mais escura, já que não é um banheiro em que as pessoas vão precisar de luminosidade para se maquiar, por exemplo. Vale apostar em algo convidativo, interessante. Até mesmo cenográfico”, explica a designer.

Iluminação indireta, atrás do espelho, tem destaque no ambiente criado pela arquiteta Barbara Dundes Foto: Evelyn Muller

O toque de conforto em um lavabo residencial foi alcançado pela arquiteta Barbara Dundes por meio de um “truque” de iluminação. O espelho que reveste a maior parede do ambiente recebeu uma espécie de fundo de madeira compensada, que, por sua vez, abriga uma luz indireta composta por lâmpadas de LED. O painel é independente do conduíte do teto – por isso, é possível dosar o nível de luminosidade desejado conforme a ocasião proposta pelas proprietárias da casa, uma mãe e suas duas filhas.

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“A ideia principal, neste caso, foi fazer uma composição que não demandasse a instalação de novos revestimentos, para evitar quebrar. Por isso, fizemos trocas pontuais para deixá-lo aconchegante”, conta Barbara. “Utilizamos o azul de forma não muito carregada. Além disso, as estampas geométricas são ideais para esses projetos, já que nunca saem de moda”, observa a arquiteta.

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