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A conquista de dois amigos emociona

.Em 1987, depois de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, lancei a coleção Os Modernos Brasileiros pela Nucleon 8, em São Paulo, da qual era proprietária. Eram móveis de Lina Bo Bardi, Flávio de Carvalho, Paulo Mendes da Rocha, Lasar Segall, Warchavchik e Jonh Graz. Foi uma atitude arrojada para a época, pois o mercado só pensava em móveis importados. Imperava o design italiano.

Por Adriana Adam
Atualização:

 

 

Logo em seguida, conheci Fernando e Humberto Campana, que vieram apresentar uma interessante coleção de móveis de ferro. Refleti por alguns instantes. "Será que aquelas peças poderiam estar ao lado de todas as outras, de mestres já tão consagrados?", pensei. Auxiliada pela editora de design Maria Helena Estrada, a resposta foi sim.

 

A coleção Os Modernos Brasileiros ficava no showroom de arquitetura de Flávio de Carvalho, na Rua Ministro Rocha de Azevedo; as cadeiras dos Campanas, no showroom da Vila Madalena – um galpão que abrigava bem aquelas experimentações.

 

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Desde então, Fernando e Humberto começaram a vender bem e resolveram caminhar pelas próprias pernas. E voaram alto.

 

Uma reportagem publicada na revista italiana Domus, sobre o trabalho que fizeram juntos na coleção batizada de Des-Confortáveis, deu início à caminhada internacional dos mesmos. Na verdade, muito me emociona quando vejo todas as conquistas dos dois designers e amigos.

 

 

A amplitude que os trabalhos deles atingiram – tão apreciada e valorizada pelos maiores críticos de design do mundo – mostra que a capacidade aliada à ousadia e ao fazer rompeu as barreiras do "status euro". Sem cópias e com muita inspiração e arte.

 

*Adriana Adam, designer, foi uma das incentivadoras da proposta dos irmãos Campana

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