Visto como esporte, pole dance atrai homens que buscam definição muscular

Prática exercita a musculatura do corpo inteiro e também faz papel do exercício aeróbico

PUBLICIDADE

Por Anita Efraim
Atualização:
O peruanoRenzo Zerga é um dos instrutores de pole dance do Studio Metrópole Foto: Reprodução/Instagram

É comum que o pole dance seja associado a uma dança sexy, praticada por mulheres que querem seduzir homens. No entanto, há mais de sete anos, essa ideia é quebrada por pessoas que adotaram a prática como esporte. 

PUBLICIDADE

Alyne Ferro, professora de pole dance, explica que o esporte é muito bom para fortalecer a musculatura do corpo todo. “Imaginam que só trabalhamos o braço e a musculatura superior, mas não, trabalhamos muito perna na parte de subida de barra, escaladas, giros. Então, acabamos fazendo muito agachamento, além de trabalharmos abdômen e muito membro superior”, afirma. 

Apesar de Alyne ser formada na área, ela esclarece que não é preciso ter feito faculdade de educação física para ser instrutor de pole dance e nem todos os que possuem formação como educadores físicos estão aptos a ensinar a prática. 

Além de trabalhar os músculos, o pole dance envolve coreografias e dança, por isso, também contempla a parte aeróbica do corpo. A educadora física explica que o esporte pode ser combinado a outras atividades, mas, sozinho, é o suficiente. “É um exercício difícil. Não é fácil, mas ele é desafiador”, opina Alyne. 

A reportagem do E+ foi ao Stúdio Metrópole para fazer uma aula teste e garante: é difícil. É preciso fazer muita força nos braços e no abdômen para conseguir fazer acrobacias na barra e subir nela. Também é importante se soltar, sentir-se à vontade para dançar e deslizar no pole. 

Para quem preferir, no estúdio há a opção de aulas particulares e em grupo, de até cinco pessoas. Há também níveis de aulas, para separar aqueles que acabaram de começar dos que praticam há mais tempo. 

Autoestima. Outro aspecto trabalhado no pole dance é a autoestima dos praticantes. De acordo com Alyne, o esporte ajuda na medida em que as pessoas deixam de se importar com a estética de seu corpo e ficam felizes com o que ele pode fazer. “Você supera tantos limites que acaba deixando de lado a forma do seu corpo”, diz.

Publicidade

“Lógico que você tem as consequências da atividade física no seu corpo, mas não necessariamente isso vai ser o que vai melhorar sua autoestima. É muito mais sobre superar desafios, o jeito como você dança, como você transforma uma coreografia para o seu corpo e fica bonita, independente se você é magra ou gorda”, afima a professora. 

Homens e o pole dance. Apesar de alguns pensarem que o pole dance é um esporte feminino, há muito homens que o praticam. No Studio Metrópole há três professores e muitos alunos nas aulas, que são mistas. De acordo com a professora, o que chama atenção deles é o desafio do exercício. 

Alyne afirma que, há algum tempo, havia muito preconceito com homens que praticavam o esporte. “Antigamente, em escolas, ninguém aceitava homens, mas hoje já temos salas mistas”, diz. 

O preconceito era uma via de mão dupla: praticantes de pole dance não queriam homens nos estúdios, e eles não queriam praticar o esporte. “Muito homens ainda têm [preconceito], mas quando você mostra para eles o que é o pole dance masculino, o que pode ser, eles aceitam melhor, como um esporte mesmo”, opina. 

Studio Metrópole R. Maceió, 77 - Consolação, São Paulo 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.