Os casos de obesidade têm avançado nos últimos anos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o aumento foi de 75% na última década. Isso equivale a 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos. Por trás do crescimento desses números estão as mudanças no estilo de vida e hábitos alimentaresda população.
Mas, é aobesidade infantil que tem ocupado o centro das preocupações. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% das crianças brasileiras, com idade entre 5 e 9 anos, são obesas.
O levantamento também aponta dados relacionados à nutrição: 65,3% de crianças da região centro-oeste comem bolachas ou bolo, com menos de dois anos de idade. A estatística é seguida pela população do sudeste, com 64,3%. Já as crianças menores de dois anos de idade, que tomam refrigerante ou suco artificial, correspondem a 38,5% no sul do País, seguidas por 37,4% no centro-oeste e 34,2 no sudeste.
"Depende da genética, mas a criança fica mais propensa a se tornar um adulto obeso a partir da idade pré-escolar, entre 6 a 7 anos", revela Marcio C. Mancini, endocrinologista da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP).
Foi pensando nas crianças, que têm adquirido hábitos mais sedentários nos últimos anos, que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, com apoio da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade) e da Secretaria Estadual de Saúde, realiza neste domingo, dia 11 de outubro (Dia Mundial da Obesidade), um mutirão de atendimento ao público no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, com o tema "Mudar para Viver Mais e Melhor".
Dentre os serviços oferecidos, está a medição de altura, peso e circunferência abdominal da população, e entrega dos folders de conscientização sobre o tema para adultos e crianças, além de distribuição de bambolês e bolas, para incentivar o hábito de exercícios físicos.