Há poucos dias o Estadão reproduziu em seu site o artigo publicado no The New York Times "Jovem demais para morrer, velho demais para se preocupar" do médico e professor americano Jason Karlawish, (http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/comportamento,jovem-demais-para-morrer-velho-demais-para-se-preocupar,1566806) que abordou a questão com maestria. Logo no início do texto, o médico cita a frase do músico Leonard Cohen, sobre o que o motivou a voltar a fumar aos 80 anos de idade. A resposta é emblemática. "É a idade certa para recomeçar", explicou.
Atitude certa ou errada? Não cabe julgá-lo, mas é importante fazer uma reflexão. Por que a atual geração de "adultos jovens" trata seus pais como incapazes? Será que um senhor de 80 anos não tem capacidade de decidir o que quer fazer com os anos de vida que tem pela frente? Salvo os longevos que perderam a capacidade de decisão, em virtude de algumas doenças, o idoso precisa ser ouvido.
A questão sobre prevenção a ser levantada é: quais exames são necessários e recomendados para o meu estágio de vida?
Essa é a pergunta que vocês - longevos ou filhos de longevos - devem fazer aos médicos.
Discutir um pouco de filosofia e a finitude da vida não faz mal e é preciso saber o que se quer antes de sair por aí correndo em busca de todos os novos exames que existem. Como diz o autor do artigo citado acima: "Nosso desejo é buscar não apenas a vida, mas a felicidade. A medicina é importante, mas não é o único meio para chegar a ela" ou como diz um provérbio alemão: "Não adianta correr, se você estiver na direção errada."