De repente Dona Maria começou a se desligar do seu grupo. Deixou a academia e passou a ficar mais reclusa em casa. As amigas e a família suspeitaram que algo diferente estava ocorrendo, mas as tentativas de saber o real motivo do isolamento eram em vão.
Até que, de tanto insistir, a filha mais velha conseguiu convencer Dona Maria a procurar ajuda médica e, em uma das consultas, veio a revelação do motivo que a fez se afastar das atividades e do convívio com amigos e família: a incontinência urinária.
De acordo com a Sociedade Internacional de Continência (International Continence Society/ICS) a incontinência urinária pode ser definida como "perda involuntária de urina". Acomete muitos idosos por envelhecimento natural ou doenças como diabetes, hipertensão e outras.
Existem três tipos: de esforço, de urgência e mista.
Esforço: ocorre quando há uma fraqueza dos músculos do assoalho pélvico. Normalmente, como os músculos que sustentam os órgãos desta região ficam frágeis, o fechamento que segura a urina não é mais controlado. Então quando a pessoa tosse, espirra ou ri compulsivamente pode ocorrer a perda da urina.
Urgência: ocorre quando há um forte desejo de urinar, que ocorre pela hiperatividade do músculo da bexiga urinária, gerando sintomas como: aumento da frequência de vezes para ir ao banheiro, idas ao banheiro durante a noite e urgência miccional.
Mista: quando há sintomas tanto da incontinência de esforço quanto a de urgência.
O tratamento pode ser com medicamentos, fisioterapia para fortalecimento da musculatura e, em alguns casos, cirurgia. Procure seu médico a cada sinal de incontinência e não tenha vergonha. Dona Maria venceu a dela e voltou às aulas e às atividades que a fazem tão feliz. Viva mais e melhor.