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Dicas para viver melhor e se possível por mais tempo

Qualidade de vida para o idoso com câncer

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Por Marcelo Levites
Atualização:

 

Nos dias de hoje, as possibilidades de detecção precoce e novas terapêuticas têm permitido uma efetiva diminuição nas taxas de mortalidade dos mais diversos tipos de câncer.

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Estudos demonstram que em 2040, teremos nos Estados Unidos, 26 milhões de sobreviventes ao câncer. A maioria com mais de 60 anos. Precisamos falar sobre os cuidados desse perfil de pacientes. Na minha opinião, eles devem ser integrados e holísticos, com uma atenção especial a qualidade de vida desse idoso o que muitas vezes traz outros desafios além do tratamento do câncer em si. 

Cada tipo de câncer merece acompanhamento individualizado, feito por profissional especializado que indicará qual a rotina específica de exames. Precisamos estar atentos ao número de consultas e exames realizados. Em excesso, podem ser prejudiciais, pois podem causar um estresse psicológico nos pacientes idosos muitas vezes desnecessários e ainda pouco calculados pelos estudos. Mas, realizar menos exames do que o solicitado também é perigoso. Por isso, é fundamental que o médico apresente a régua ajustada, para que o controle seja feito de forma correta, e os familiares ou cuidadores entendam que tudo é baseado em evidências científicas. 

Além disso, médicos devem sempre estar atentos aos sintomas que podem ser consequências específicas de um tumor já controlado, mas que deixou algumas cicatrizes que comprometem a qualidade de vida do idoso e não podem ser vistos pelo paciente como

Cansaço, insônia, disfunções sexuais são alguns exemplos dos aspectos médicos, mas há outros, não médicos, mas muito importantes como o relacionamento com familiares e amigos, readaptação a uma vida ativa, dificuldades financeiras, recolocação no trabalho. 

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Muitas vezes, o cenário não é fácil, mas é necessário estimular o paciente para que retomem a vida. Readaptar a alimentação, lembrando que a obesidade está conectada a estímulos de alguns cânceres, assim como voltar a fazer atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas, de forma adaptada e programada de acordo com a capacidade individual de cada um são exemplos importantes. 

E, não menos importante, é hora de cuidar dos cuidadores. Dar atenção a eles. Focar no seu cuidado que foi esquecido durante toda a doença do ente querido, reorganizar as funções da casa, do casal e da vida. Reorganizar a vida e a família. 

O cuidado integrado do oncologista com um médico de referência parece a composição ideal, assim como a atuação dos colegas da psicologia, nutrição e da medicina do esporte. Um time preparado para cuidar integralmente dos que sobrevivem ao câncer, mas que ainda precisam de ajuda e apoio para que viverem mais e melhor!

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