"Fui à ginecologista normalmente como vou todos os anos. Fiz os exames de rotina e estava tudo certo. Voltei para casa e depois de uma semana apareceu um carocinho em minha mama. Comentei com minha filha e ela disse: Ah mãe, eu vou na ginecologista na semana que vem, e é a mesma, e nós vamos lá para ver o que é.
Depois de alguns meses, comecei a investigar, os médicos pediram exames, e quando eu fui pegar os resultados descobri que eu estava com câncer. Eu estava sozinha em casa, na hora que você lê a palavra 'carcinoma' é difícil, porque a palavra é mais pesada que o tratamento em si.
Eu não queria contar para a minha família no momento, mas a médica falou: não, de jeito nenhum, você tem que contar porque você amanhã já vai ao médico.
A reação deles (família) foi dar todo o apoio. Onde vou, eles estão juntos, em todas as consultas. Tive todo o apoio e isso eu acho que é uma das coisas principais que te dá força.
Eu comecei o meu tratamento com a cirurgia. Fiz um exame e não foi necessário fazer a quimioterapia. Fiz somente a radioterapia. Foi tudo muito rápido, graças a Deus, a cirurgia foi tranquila. Muito mais tranquila do que eu imaginava.
Estou na metade do tratamento de radioterapia, mas estou sossegada e, para mim, já estou curada. Queria é tirar aquilo, tirei aquilo, agora o que vier....
Graças a Deus a família já era muito unida, mas com a doença é automático você se une mais mesmo. A preocupação é maior, tanto das filhas comigo, quanto eu com elas de orientar a procurar o médico, se examinar, ficarem atentas.
É tão simples, é só se autoexaminar, se tocar. Se encontrar alguma coisa, procure um médico. É simples e não precisa ficar com medo. É difícil e cada um tem um jeito de encarar, mas é mais difícil se você não for".
Que as palavras da Teresinha sirvam de inspiração a todas as mulheres. Outubro acabou, mas a luta contra o câncer, não. Viva mais e melhor.