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Redes sociais, cultura pop e agitos em SP

Sozinha no olimpo

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 Foto: Estadão

Reza a lenda que Madonna - antes de ser Madonna - chegou a Nova York com apenas US$ 35 no bolso. Teria pedido ao taxista para levá-la ao centro de tudo. Acabou na sempre intrafegável Times Square, no coração de Manhattan.

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À época, Michael Jackson já estava pronto para se tornar rei. Em pouco tempo, Cyndi Lauper, Prince, George Michael também se consagrariam estrelas de primeira grandeza. E Madonna ainda frequentava os clubes underground para sentir a pulsação da cidade - sempre distribuindo suas primeiras gravações para, quem sabe, cair nas graças de algum DJ.

Quase quatro décadas depois, seus "rivais" acabaram vítimas de suas próprias carreiras. Dá-lhe coletâneas e turnê comemorativa dos 20, 30 e 50 anos de estrada para levantar uma estrela pop cadente - algo que Madonna só fez por obrigações contratuais.

Aos 54 anos, a garota que foi criada sozinha pelo pai disputa recordes apenas com ela mesma. Se não vende mais discos com a velocidade das sensações do YouTube e nem ousa como nos tempos de Erotica, é no palco que ela se reinventa. Números de arrecadação estratosféricos à parte, sob os cada vez maiores holofotes de suas turnês a cantora ainda desafia governos, questiona religiões e parece estar sempre querendo provar a ela mesma (e a nós, da imprensa) que pode mais. E de novo.

Madonna é a última de uma linhagem de entertainers que o pop parece ter deixado de produzir. Até agora, não tem substituta à altura. Estamos prontos para perdê-la quando deixar os palcos?

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