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Elizabeth Taylor, a mulher que coroou Michael Jackson

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 Foto: Estadão

Mês passado fez dois anos que perdemos Elizabeth Taylor. A dona dos olhos verdes mais famosos de Hollywood recebeu poucas homenagens. Por aqui também não houve menção, confesso. "Mea culpa" à parte, republico abaixo um texto que escrevi para o Estadão em 23 de março de 2011, sobre a ligação de Liz com um de seus admiradores mais famosos, Michael Jackson - um delicioso caso de cultura pop.

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Reza a lenda que assim que Michael Jackson soube que Elizabeth Taylor estava na plateia de um show que fazia nos Estados Unidos, na década de 1980, pediu para chamá-la nos bastidores. Era o começo de uma relação que marcaria a vida e a carreira de ambos pelas próximas três décadas. Michael nunca escondeu sua fascinação pelas estrelas da época de ouro de Hollywood. E quem melhor que Liz Taylor para levar o cantor ao único terreno no qual sua carreira não avançou? Foi a atriz quem primeiro se referiu a Michael como o "rei do pop" - em 1989, Liz usou o termo ao entregar um prêmio para o amigo. Estava, enfim, coroado.

Em Neverland, uma estátua da atriz vivia iluminada com luzinhas coloridas. E foi no lendário rancho do cantor em Encino, na Califórnia, que a atriz se casou pela última vez - com Larry Fortensky, em 1991. Naturalmente, o amigo foi padrinho.

A relação, porém, só viu seu auge quando Michael foi acusado de abuso sexual pela primeira vez, no final de 1991. Durante o exaustivo processo - que acabaria viciando-o nos analgésicos que mais tarde provocaram sua morte -, Liz esteve lá. Não poupou declarações públicas de apoio ao astro, o incentivou a procurar uma clínica de reabilitação (para livrá-lo do vício em remédios) e se tornou presença constante entre a equipe de empresários e advogados que tentavam reconstruir a carreira do cantor.

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Depois do casamento de Michael com Lisa Marie Presley, em 1994, a atriz foi pouco vista com o astro. Na época, a imprensa dava conta de que ela se opunha à união - algo que nunca foi confirmado.

Ainda nos últimos anos de vida de Michael, Elizabeth esteve presente. Em 2001, foi ao Madison Square Garden, em Nova York, assistir a um show que comemorava os 30 anos de carreira do rei do pop. Quando o cantor morreu, em 2009, ela recusou o convite da família Jackson para participar do velório - que classificou como "circo."

No lançamento de 'This Is It', o filme com cenas do ensaio para a turnê de Michael que nunca aconteceu, fez sua última declaração pública sobre o amigo. "Eu amei o gênio durante a minha vida. Deus foi tão bom para mim. Vou amar Michael para sempre", escreveu Liz em seu perfil no Twitter. Sua morte certamente seria muito sentida pelo súdito de Neverland.

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