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Um passeio pela cultura sneakerhead no Brasil e no mundo

Mizuno Prophecy Sorayama Gold é o ápice do funk ostentação vindo do Japão

Mizuno Prophecy Sorayama vendido por R$ 1.900 traz de volta o hype que a marca teve no início dos anos 90

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Foto do author Diego Ortiz
Por Diego Ortiz
Atualização:

Hajime Sorayama e o Mizuno Prophecy Gold  

O ano é 1993. Os bailes funk do Rio de Janeiro dominam os noticiários e moldam o vestuário street da época. Bermudão da Cyclone e camisas da H-D ou da Rip Curl eram a tendência. Mas tinha um cara que era o desejo de consumo de todo mundo, do playboy ao morador da comunidade: o Mizuno "Camaleão". Ninguém nunca chamou ele de Sky Medal, mas esse era seu sobrenome oficial. Algo se perdeu no caminho e a Mizuno, que era a dona absoluta do hype periférico no início da década de 90, viu o Nike Shox (e algumas outras variações) tomar seu lugar. Pelo menos até o ano passado, quando em fevereiro a marca japonesa trouxe para o Brasil o Wave Prophecy x Hajime Sorayama.

Mizuno Sky Medal 'Camaleão'  

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Mesmo com um preço bem elevado de R$ 1.599, o modelo esgotou em minutos no site da Mizuno e nas lojas especializadas. E já foi parar nas revendas por cerca de R$ 3.500. O inesperado sucesso e imensa valorização fizeram a marca parar na boca do povo de novo como no início da década de 90. Virando objeto de desejo novamente para o rico mais tradicional e para os novos endinheirados do agora funk ostentação. O modelo, prateado como as obras do ilustrador futurista Hajime Sorayama, seu criador, realmente ficou muito bonito e fez a Mizuno querer mais.

Uma segunda versão, preta metálica, chega ao País com o mesmo sucesso até que, agora, a Mizuno finaliza a trilogia "Wave Prophecy Sorayama" com o modelo mais bonito dos três, o Gold, vendido já mais caro, por R$ 1.900. Ele possui cabedal translúcido e detalhes dourados, atingindo o topo do estilo para quem gosta deste tipo de tênis.

 

Diferentemente dos outros, este modelo mais claro usa uma resina permeável na parte de cima e laterais, deixando os pés à mostra. Não é totalmente transparente como em alguns modelos da Clot ou como no Converse x Joshua Vides Weapon CX. Mas uma meia colorida vai aparecer facilmente. Além disso, o tênis também tem peças com visual metálico no calcanhar e no wave da sola, para dar o ar futurístico característico de Hajime Sorayama, cuja logo também está na parte interna do solado.

Em entrevista, Sorayama disse que teve a ideia final do sneaker depois que viu uma foto do ex-jogador de futebol David Beckham usando um tênis por baixo "do que provavelmente era um terno italiano muito caro". Era este o tipo de elegância esportiva que o designer queria, que foi criada no prata inicial, mas que atingiu o potencial desejado, segundo o japonês, só agora no Gold. "Eu gosto de ouro e prata porque eles são muito sexys. O que eu realmente queria neste tênis era ouro champanhe, porque ouro verdadeiro às vezes pode ser considerado indecente demais", afirmou Sorayama.

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Vem com box

Outro designer com uma pegada totalmente futurista que chamou a atenção do mercado recentemente é o turco Safa Sahin. Ele foi o responsável pelas criações totalmente extravagantes da Balmain desde 2019 e acaba de ser contratado pela Bottega Veneta. Esperemos por botas bem "malucas" em 2023.

Só no lace

A briga vai ser boa pelo Adidas NMD-S1 Ice Mint. O modelo chega nesta terça (31) às lojas. Na pré-venda para os bem ranqueados do Adiclub, só sobraram os números 34 a 37.

Na próxima quarta (01) começam as vendas do Nike SB Dunk Low St. Patrick´s Day. O modelo, que já era muito desejado, virou um pote de ouro depois da classificação do Boston Celtics para a final da NBA.

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