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Ser mãe é padecer na internet

Opinião|'Geração do quarto' sofre e pode fazer sofrer

Livro analisa sofrimento psíquico de jovens que passam o dia isolados em seus quartos

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Atualização:

 Foto: Pexels

Eu sempre ouvi de psicólogos e educadores que a adolescência é uma fase em que os jovens precisam se recolher e se afastar dos pais, que isso é saudável e necessário. Por isso, quando eles se fecham no quarto e vivem em um mundo muitas vezes apartado dos adultos, a tendência é considerar esse movimento como normal. Mas existe uma linha tênue entre um recolhimento saudável e aquele que é imposto por problemas de convivência com os pais, com os amigos e com a escola, explica o educador Hugo Monteiro Ferreira, autor do livro 'A geração do quarto',  lançado essa semana pela Editora Record. O escritor, que é professor do Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ouviu mais de 3 mil jovens, meninos e meninas entre 11 e 18 anos de cinco capitais brasileiras com o objetivo de entender essa geração. "Eu faço várias palestras e os pais sempre me procuraram para dizer que os filhos não saíam do quarto, que estavam preocupados, que não conseguiam ter contato e um diálogo aberto com os filhos", conta. Com a ajuda das escolas onde esses jovens estudam, Ferreira aplicou um questionário online para entender as dores e os desafios desses adolescentes. E o que descobriu classificou como "preocupante". "Esses jovens que estavam no quarto passavam mais de seis horas do seu dia lá. Não se comunicavam com os pais, nem com as mães, nem com ninguém dentro de casa, mas se comunicavam muito pelas redes sociais digitais. E tinha um elemento aí: eles sofriam com isso ou tinham um comportamento autodestrutivo. Era um grupo que não só estava dentro do quarto, mas também demonstrava sofrimento por estar no quarto", explica. Entre os que mais sofrem, há algo em comum: todos sofrem ou sofreram bullying e o cyberbullying. Hugo conversou com o blog direto de Portugal, onde faz seu pós-doutorado.

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Blog: Você acha que esses jovens desabafaram sobre essa condição por não estarem conversando 'olho no olho' com você, o pesquisador? Conseguiram se abrir por estarem em um ambiente digital?

Hugo:  Exato. Eu acho que uma das coisas que facilitaram a minha chegada nesse grupo foi o fato de que eles não precisavam se anunciar, não precisavam dizer quem eram. Mas eu sabia que eles existiam porque eu contei com a ajuda das escolas. Para desenvolver minha pesquisa eu precisava filtrar os dados e criei alguns critérios para ter uma amostra desse universo: eu recortei 238 depoimentos de pessoas que declararam que tinham passado por bullying e por cyberbullying. Todas essas pessoas que  entrevistei posteriormente passaram por isso, tinham tentado suicídio mais de uma vez e ficavam horas e horas dentro do quarto. E eram meninos e meninas que pertenciam à classe média, o fenômeno 'da geração do quarto' não se dá na classe economicamente desfavorecida da forma como ele se dá na classe média. Eu tenho material ainda para analisar o que acontece com a classe menos favorecida, quais são os arranjos psíquicos que essa juventude encontra para dar conta do sofrimento psíquico, mas nesse recorte (do livro) eu foquei em jovens que são de classe média pra cima.

No livro eu digo que 'o quarto' é uma grande metáfora, não é necessariamente é um espaço físico em casa, o quarto pode ser a minha condição interna, porque há uma tendência muito grande na adolescência de um isolamento saudável.

Blog: Embora você tenha deixado claro que o quarto é uma metáfora, que é esse recolhimento, ficar no quarto é um movimento esperado da adolescência, muitos pais inclusive estão cientes que isso faz parte desse crescimento, o quarto na adolescência também funciona como uma metáfora da lagarta que vai virar uma borboleta e por isso se recolhe. Como entender quando esse recolhimento esconde um sofrimento?

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Hugo: Há uma tendência muito grande na adolescência de um isolamento saudável. A gente quando era adolescente gostava de ficar ali no nosso cantinho, curtindo a nossa vibe, mas necessariamente isso não significa que se sofra. O que acontece é que esse grupo sofre e esse sofrimento não é de modo geral verbalizado, mas ele é anunciado e se anuncia de forma epidêmica pela autolesão. Quando é que o adulto começa a prestar atenção no adolescente? Quando ele começa a ter nota baixa na escola. E a 'geração do quarto' não tem nota baixa na escola, de modo geral os boletins são 'azuis'.

O educador Hugo Monteiro Ferreira, autor do livro 'A geração do quarto', Editora Record Foto: Estadão

Blog: E aí, onde foi que falhamos, os pais?

Hugo: Eu acho que a gente falou no momento em que a gente realmente não ouviu, silenciou, voltou-se pra um movimento que era mais ou menos de compensação, o 'eu não tive, eu te dou'. Eu acho que a gente falhou no momento em que a gente foi reconstruindo famílias, mas sem consultar quem a gente já tinha. Uma coisa que eu ouvi muito na minha pesquisa é a reclamação constante do novo movimento, 'meu pai descasou, casou de novo, mas não me perguntou como é que eu vou ficar naquela casa, qual é o meu espaço naquela casa'. Eu acho que a gente falhou porque a gente também é muito frágil e a gente não procurou ajuda, também silenciou muito. Eu acho que a gente gerou uma geração frágil porque a gente também é frágil só que acredita que não é, acredita que conseguiu entender melhor as frustrações, lidar melhor com os 'nãos'. Mas isso não é o que eu vejo, a gente não lidou bem com essas questões, a gente também não é saudável. Então acho que a gente falhou na medida em que nós não assumimos as nossas emoções.

Blog: Nós, os pais?

Hugo: Nós, pais, nós falhamos nisso. E quando eu digo que nós falhamos não somos nós indivíduos, mas eu acho que um sistema nos cooptou à falha. Por exemplo, eu entrevistei alguns pais que me disseram assim: 'mas o que eu queria mesmo era dar futuro ao meu filho', quer dizer, queria fazer o melhor para o filho e isso significou se ausentar muito, sair muito de perto. E quando chega perto se aproxima com muitas reservas, com muitas dificuldades de chegar perto. E às vezes para compensar tem o consumo, diz muito 'sim' quando poderia dizer 'não'. Há uma fase na adolescência que eu quero ouvir 'não', mas muitos pais dizem muito 'sim'. Há um certo cansaço e uma sociedade cansada gerou a geração do quarto. Então nós falhamos.

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Blog: E essa geração está cansada porque trabalhou muito, abriu mão da família para ascender na carreira? Que cansaço foi esse que fez com que os pais não pudessem estar mais tão presentes?

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Hugo: Eu acho que vem das novas exigências que foram trazidas para dentro daquela família nuclear que a gente tinha. Você trabalha, sobretudo as mulheres trabalham e eu acho que elas foram as mais prejudicadas nesse movimento, porque ficaram sobrecarregadas demais e tiveram que dar conta de tudo. E ainda nessa pesquisa, em uma segunda parte que eu vou publicar posteriormente, fica nítida para mim a culpabilização que a sociedade joga nas costas das mães. E a geração do quarto não é produzida pelas mães, isso é preciso também ficar evidente.

Blog: Quando se descobre que filho está com sofrimento psíquico são elas que levam a culpa?

Hugo: Eu acho que elas são culpabilizadas sim. Quem me procurou maciçamente depois dos primeiros lançamentos do livro foram mães, mães desesperadas porque os filhos estão no quarto em casa. Não foram os pais que me procuraram. Nem mesmo nessa reconfiguração do homem, esse homem que se diz menos tóxico, mesmo assim ainda os vejo muito ausentes e para mim eles ainda são um dos principais responsáveis pela geração do quarto, porque o silenciamento com os homens é muito maior do que com as mulheres, os homens escutam muito menos. Sem querer atirar pedras, mas tentando colocar os pingos dos 'is', os homens têm uma responsabilidade gritante, mas quem chama a atenção são as mulheres, ou seja, as mulheres quem dizem, 'olha, o João não sai do quarto'. E aqui temos um detalhe importante: quem está dentro do quarto não está em silêncio, está dentro do quarto dialogando com o mundo todo. Mas ele não dialoga de forma saudável, essa é a questão.

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'A geração do quarto', lançado pela Editora Record Foto: Estadão

Blog: Dialoga com o mundo, pelas redes sociais e sem a mediação dos pais, né?

Hugo: Ele tá sem a mediação dos pais, está sem a ajuda da escola, sofre várias influências extremamente nocivas nas redes sociais digitais, ele tem exemplos, parâmetros muito complexos, é uma pessoa de saúde mental abalada, que precisa de ajuda.

E quando eu tenho saúde mental abalada meu jeito de funcionar é diferente de quem tem uma saúde mental mais ou menos organizada. Eu funciono buscando respostas para perguntas que ninguém me responde aqui fora e muitas vezes quem vai me dar as respostas são desafios, são jogos, são figuras que estão no submundo da internet e que me fazem acreditar que sofrem junto comigo. É possível dizer que 'a geração do quarto' é aquela geração que preparou (o massacre à escola) Columbine, é aquela geração que preparou (o massacre de) Suzano, é a geração que não vai ficar em silêncio. Quer dizer, ela nunca ficou em silêncio, a gente é que não viu os sinais, não tentou parar um pouco pra ouvir.

Blog: E como que a gente se dá conta? Você disse que eles estão no quarto, mas mandam sinais. Quais são esses sinais? O silêncio deles é o primeiro sinal?

 Hugo: Pensa um menino de 11 anos que quando está em casa não vem pra sala, não vem pra cozinha, não conversa contigo, não conta as coisas, não tem dúvida, não tem questionamento, não pergunta e quando faz isso é de um modo muito violento. Pensa em um menino que é meio apático, que durante um dia de sol usa moletom de manga cumprida, coloca capuz. Pensa um menino que vive com o celular na mão, jogando. Pensa isso em casa e você ali sem nem se dar conta. Os sinais estão postos.

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Blog: O que é que você sugere para os pais que começam a identificar esses sinais do filho? Qual que é o caminho para tirá-los desse recolhimento?

 Hugo: No último capítulo do meu livro eu falo sobre isso, sobre a questão da escuta. Não tem uma receita pra você tirar a 'geração do quarto' do quarto, talvez, no meu modo de entender, a melhor coisa a fazer seja pensar em cinco pilares, a gente tem que estruturar a recuperação a partir do que chamo de cuidado e autocuidado, autoconhecimento, convivência, diálogo e amorosidade.

Mas se eu encontro meu filho dentro do quarto se automutilando, se eu encontro meu filho ou filha dentro do quarto pensando em suicídio, falando sobre suicídio ou mesmo tentando suicídio eu preciso de ajuda profissional. Eu não posso ficar achando que eu vou dar conta, então eu tenho que recorrer a profissionais da saúde mental. A geração do quarto não tem como não ir em busca de um profissional da saúde mental, não tem. Já está adoecido, tem que ir.

Mas só profissionais da saúde mental não vão dar conta disso, tem que haver uma mudança de compreensão dentro das casas, dentro das escolas, para lidar com a potência desses meninos e dessas meninas. Você diz assim, 'ah, mas ele é fraco, ele se corta, ele tenta suicídio', mas ele é muito potente, esses jovens têm muita criatividade, muita dinâmica, há muita coisa a se fazer no sentido, digamos assim, de conforto emocional. Eu acho que as famílias precisam investir no que é bom da 'geração do quarto', eles são muito bons em muita coisa. Mas para isso eu preciso chegar perto.

Os jovens dessa geração são muito criativos, muito dinâmicos, menos racistas, menos preconceituosos, convivem mais com a pluralidade, têm uma relação com o consumo também diferente das outras gerações.Esses meninos precisam então de ter os pais também junto com eles no quarto. Ou seja, eu não tenho que tirar os meninos do quarto, eu preciso entrar no quarto para ver o que é que acontece dentro do quarto com eles. Eu não tenho que dicotomizar, eu não preciso me livrar do quarto, eu preciso compreender o que é que ocorre com o meu filho dentro do quarto e o porquê ele chegou ali, por que é que ele chegou naquele movimento? Ele não chegou sozinho, ele chegou em conjunto comigo. Quando foi que eu soltei a mão dele? Porque houve um momento em que houve esse desligamento. Pode ter sido pelo bullying que eu não vi, pode ter sido pelo cyberbullying que eu não vi, pode ter sido porque o meu menino tenha orientação sexual diferente da que eu  gostaria que ele tivesse. Onde foi que teve ali dificuldade? Precisa-se de muita escuta e de escuta sem julgamento, sem condenação, sem atirar pedras.

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Blog: Você acha que o hater, o incel, ele é da 'geração do quarto'?

Hugo: Com certeza, não tenha dúvida. Ele sofre e faz sofrer. Todo mundo que sofre, Rita, faz sofrer, não há possibilidade de sofrer sozinho. O sofrimento, ele é partilhado. Quando eu não partilho no exato momento, eu partilho doze anos depois, mas eu partilho. O sofrimento não há hipótese de ser só meu.

 Foto: Pexels

Blog: E o bullying e o cyberbullying, qual é o papel na geração desse sofrimento?

Hugo: O bullying talvez seja, na escola, a violência mais terrível que exista. Por quê? Porque o bullying é uma violência que faz com que a vítima silencie. E eu diria para você que o bullying é de tal forma e de tal modo perigoso que, se nós não fizermos nada, todas as crianças que são vítimas de bullying terão problemas ao longo da vida. Eu, pessoalmente, fui vítima de bullying. Eu tentei o suicídio duas vezes por conta do bullying, na minha biografia ele está presente. E o bullying mexeu comigo em todos os sentidos, mexeu com o meu modo de pensar, o meu modo de agir, de ouvir, de falar, o meu modo de ser. Eu só fui melhorar aos 40 anos de idade, eu sofri aos 12, tentei suicídio aos 13 tentando me livrar da dor profunda que o bullying tinha me provocado. Por quê? Porque o bullying é a destruição mais explícita da alteridade e o cyber bullying também, só que é ainda pior, sabe por quê? Porque no bullying você tem um refresco no sábado, você sofre até sexta e aquilo para, o bullying se contém no espaço físico, digamos assim. O cyberbullying você não tem refresco, são 24 horas o ataque.

Blog: Você acha que as escolas estão preparadas para o cyberbullying e para o bullying, já que o bullying é mais antigo?

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Hugo: Não, não estão. Tem uma Lei brasileira, a 13.185 de 2015 sancionada pela (ex-presidenta) Dilma, e em 2016 foi criado o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência Escolar. Em 2017, a gente fez uma retificação na Lei 9394/96, que é a Lei de Diretrizes e Base da Educação,= e nessa retificação a gente retoma a Lei 13.185 para poder dizer que é obrigatório que toda escola no Brasil tenha no seu currículo programas de prevenção ao bullying e ao cyberbullying. Ocorre que isso não é fiscalizado, então a maioria das escolas não tem esse programa, o que fazem é uma palestra uma vez, a psicóloga da escola chama os pais e conversa e tal. Isso não resolve nada porque o bullying acontece no submundo, há acordos tácitos com o bullying e quando é detectado ele já tá instalado, é só a ponta do iceberg, a coisa já tá ali fervendo.

Blog: E por que é que a maioria das escolas não tomam providências efetivas?

Hugo: Eu vou explicar a você o porquê. Geralmente quem é o agressor, o violentador, a violentadora, são grupos cognitivamente muito fortes que manipulam, são líderes escolares, então a escola fica também refém. E eles têm nuances psicopáticos também, todos os grandes agressores de bullying têm nuances psicopáticos. Então, o que acontece? Os pais, de modo geral, defendem os agressores e as vítimas se veem completamente inertes ali. E o bullying gera uma pessoa tão fragilizada que um cantinho para ela como o quarto, por exemplo, é maravilhoso. Ocorre que dentro do quarto antigamente ela ficava ali e ia tentando sobreviver. Mas agora ela tem saídas e a minha preocupação são as saídas, porque uma mente machucada pretende também machucar.

Blog: E as saídas são a internet, é isso que você tá apontando? A dark web, os grupos neonazistas, virar hater de internet.

Hugo: Exato. É isso que os haters fazem. Mas por que é que os haters fazem isso? Porque de algum modo eles já experimentaram esse mesmo veneno, então de algum modo haters são mortos-vivos que querem matar. Por isso que a empatia é muito pouco provável ser desenvolvida no hater e há uma probabilidade muito grande do psiquismo dele se associar à psicopatia. Todos os haters tem nuances psicopatas e toda vítima de bullying pode ser um planejador de extermínio. E eu sempre acho que o Coringa do Batman traduz de maneira muito lúcida, digamos assim, esse psiquismo que eu posso ter na geração do quarto. A 'geração do quarto' está me explicando, me dizendo, 'olha, se as coisas continuam a caminhar por esse percurso, por esse trajeto, o que vem à frente não é lá muito saudável e pode ser extremamente bélico'. Então eu alerto os pais, as mães, as escolas, eu alerto na medida dos meus limites, por óbvio, porque fui eu que cheguei a essa conclusão. Mas eu tenho ciência também de que há muitos trabalhos que podem ajudar e há muitas pessoas interessadas em discutir essas questões, mas eu penso que o Brasil urgentemente precisa olhar para esse campo.

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Blog: Hugo, o lançamento vai ser dia 07 de abril, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Você vai fazer uma live, é isso?

Hugo:  É isso. 7 de abril, às 19 horas, a live vai ser através do programa Sempre um Papo, que é um programa tradicionalíssimo no Brasil coordenado pelo meu querido Afonso Borges lá de Minas Gerais. E já tenho uma agenda com algumas outras lives porque eu estou fora do Brasil nesse momento, fazendo meu pós doutoramento aqui na Faculdade do Minho, em Portugal. Mas assim que eu voltar para o país eu quero visitar pelo menos as cinco capitais onde eu coletei informações e poder, enfim, divulgar e falar sobre o livro o máximo que eu puder. Eu tenho recebido muitos retornos de leitores e todos os retornos têm sido aquilo que eu esperava, de que esse é um livro que pode ser lido pela mãe, pelo pai, pela avó, pelo avô, pelo tio, pela tia, pelo menino, pela menina, pelo professor, pelo terapeuta, pela terapeuta. Eu não fiz um livro pra especialistas, para discutir teoria. Eu fiz um livro pra chegar no coração da família e da escola.

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Opinião por Rita Lisauskas

Jornalista, apresentadora e escritora. Autora do livro 'Mãe sem Manual'

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